É o que aponta um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT)
Campinas é a nona cidade do Brasil em que se paga mais caro para almoçar fora de casa. É o que aponta um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT). Por aqui, o preço médio de um almoço é de R$ 37,81. Na comparação com as demais cidades do Estado, Campinas supera municípios como Ribeirão Preto e a própria Capital, ficando na segunda colocação, atrás apenas de Santo André, cujo preço médio para se alimentar é de R$ 38,98. O estudo foi feito em 51 cidades de 22 estados e mais o Distrito Federal, e coletou aproximadamente 6,2 mil preços de pratos, no período de dezembro de 2018 até fevereiro deste ano. A pesquisa levou em consideração o preço médio da refeição composta por prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e café, na hora do almoço, em restaurantes que aceitam pagamento com vale-refeição. Foram avaliados os valores praticados pelos restaurantes, lanchonetes e padarias em quatro categorias: comercial (estabelecimentos com serviço mais simples e que serve o popular “prato feito”), autosserviço (sistema self-service por quilo ou bufê a preço fixo), executivo (oferece opção de prato do dia com desconto em relação aos demais apresentados no menu) e a la carte (ambiente mais sofisticado onde o consumidor escolhe o prato que será preparado na hora). No geral, a região Sudeste é quem tem o valor médio do almoço mais caro do País (R$ 35,72). O Nordeste, por sua vez, foi a região com o custo mais barato (32,66). No Sul, o consumidor paga R$ 34,18. No Centro-Oeste o valor é de R$ 35,16; enquanto no Norte o valor médio desembolsado ficou em R$ 33,74. No ranqueamento por municípios, Florianópolis (SC) ganhou como a cidade mais cara para almoçar: R$ 43,35. Já Diadema (SP) é onde o trabalhador gasta menos em comparação a outros municípios: foi a cidade mais barata, com preço médio de R$ 28,85. Morador do bairro Jardim Nova Europa, o estudante de economia Thiago Fernandes, de 27 anos, trabalha há quase dois anos como escriturário em um banco da região central de Campinas. Ele conta que considera a cidade cara para se almoçar e que sempre busca alternativas mais baratas para que as despesas com alimentação não atinjam grande parte do seu orçamento. “Como alternativas, procuro levar comida de casa para o trabalho, pedir marmitex, ou almoçar em lugares com valor fechado para o almoço e que se possa comer à vontade, o que me permitiria comer sem me preocupar com o peso do prato, dado que o valor por quilo em Campinas é muito elevado”, comentou. Brasileiro não tem hábito de levar marmita ao trabalho Apesar dos altos preços cobrados pelos restaurantes, a maioria dos trabalhadores ainda prefere almoçar fora em vez de levar para o trabalho uma marmita preparada em casa. Pelo menos é o que aponta a Pesquisa+Valor, divulgada esta semana. De acordo com o estudo, mais de 60% dos trabalhadores preferem almoçar em estabelecimentos que ofereçam pratos comerciais e em autosserviços, os chamados self-services. O estudo mostra ainda que o perfil do trabalhador que escolhe um prato comercial é, em sua grande maioria, homens entre 35 e 44 anos. Os restaurantes à la carte são os preferidos por trabalhadores da classe média alta e por homens entre 45 e 54 anos. Já 47% das mulheres buscam mais o autosserviço, em razão da conveniência e da livre-escolha dos alimentos. Nos estabelecimentos que oferecem pratos comerciais ou de autosserviço, as refeições individuais são responsáveis por mais de 60% da frequência diária. A pesquisa também apresentou resultados semelhantes aos divulgados pela ABBT sobre a refeição em Campinas. De acordo com o estudo, o preço médio de um almoço em um restaurante comercial do município é de R$ 29,36. A segunda opção mais em conta é o self-service, que sai por R$ 35,61. Já o preço do executivo é R$ 56,56 e no à la carte R$ 69,30. De acordo com a pesquisa, o gasto médio do trabalhador brasileiro na hora do almoço é de R$ 34,84, incluindo prato principal, sobremesa, bebida e café. Só o prato equivale a 57% do gasto total, enquanto a sobremesa chega a 21% do valor; a bebida, 12%; e o cafezinho, 10% do gasto na hora do almoço. PREÇOS PELO BRASIL As dez cidades mais caras para almoçar no Brasil (preço médio) Cidade Refeição 1ª) Florianópolis (SC) R$ 43,35 2ª) Serra (ES) R$ 43,21 3ª) Palmas (TO) R$ 42,79 4ª) Vitória (ES) R$ 42,54 5ª) Niterói (RJ) R$ 40,08 6ª) Vila Velha (ES) R$ 39,85 7ª) Rio de Janeiro (RJ) R$ 39,74 8ª) Santo André (SP) R$ 38,98 9ª) Campinas (SP) R$ 37,81 10ª) Barueri (SP) R$ 37,59 Fonte: Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT)