Aproximadamente 40 profissionais de saúde realizaram um protesto, na manhã de ontem, no Pronto Atendimento (PA) Campo Grande, em Campinas
Aproximadamente 40 profissionais de saúde realizaram um protesto, na manhã de ontem, no Pronto Atendimento (PA) Campo Grande, em Campinas. O ato teve como objetivo reivindicar melhores condições de trabalho para os servidores. Os manifestantes alegam que o PA está operando com um quadro de profissionais abaixo do ideal há meses e que os médicos da unidade estão se desdobrando para conseguir atender uma média diária de 450 pacientes. O ato de ontem começou às 10h e foi finalizado por volta do 12h30. Os manifestantes se encontraram no PA e marcharam juntos até a Praça da Concórdia, no Parque Valença, com cartazes e faixas de protestos. No local, eles entregam duas centenas de rosas brancas às pessoas que passavam pela área. Um dos servidores, que não quis se identificar, explicou que os médicos da unidade cobram da Prefeitura uma maior agilidade na entrega de insumos e medicamentos, além da contratação de mais profissionais de saúde para atender a população local. “Não temos uma equipe de pediatras para atender aos finais de semana (sexta-feira, sábado e domingo). Além disso, temos pouquíssimos enfermeiros para atender toda a população. Recentemente, dois deles foram afastados por conta de ameaças que estão sofrendo dos usuários”, afirmou. No dia 30 de outubro, funcionários da Pronto Atendimento do Campo Grande tomaram a decisão de suspender o atendimento por cerca de 15 minutos, depois que uma funcionaria foi agredida verbalmente por um paciente que não aguentava mais aguardar pela assistência médica. Após tumulto, o atendimento foi normalizado no PA. Nota Em nota, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Campo Grande informou que o Pronto Socorro atendeu normalmente, sem nenhum prejuízo para a população. “As equipes estão completas, com sete médicos, quatro clínicos e três pediatras. Inclusive a carreta de mamografia do Hospital de Amor está no local realizando exames”, informou. A Secretária de Saúde de Campinas ressaltou que está avaliando a realocação de funcionários entre as unidades que compõem a rede, com o intuito de aprimorar a assistência no Campo Grande. Liminar O juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública, Mauro Iuji Fukumoto, concedeu liminar que obrigava o STMC a garantir o acesso ao Pronto Atendimento Campo Grande. O documento expedido pela Justiça impedia que o sindicato bloqueasse o acesso de pacientes e de profissionais que não quisessem participar do movimento. O ato de ontem foi pacífico.