Ato foi antidemocrático, diz presidente da Câmara

Cadeiras quebradas, fiação arrancada, paredes pichadas, tribuna danificada, mangueira de incêndio arrebentada, pelo menos dez das 33 mesas dos vereadores de Campinas destruídas e muita sujeira. Este era o cenário da Câmara de Campinas na manhã desta quinta-feira (8) após o protesto que contou com a participação de 200 manifestantes. Eles invadiram a Câmara na noite de quarta-feira (7). O ato resultou na detenção de 138 pessoas, que foram liberadas durante a madrugada, de acordo com a Polícia Militar.Ainda segundo a PM, eles serão processados por atos de vandalismo. 'Um bando de pessoas invadiu a Casa e promoveu tudo o que vemos aqui. Entendemos que isso não é bom para a democracia', disse o presidente da Câmara, vereador Campos Filho (DEM), na manhã desta quinta-feira (8). O grupo, formado pela Frente Contra o Aumento da Passagem, invadiu a Câmara para cobrar uma posição do Legislativo sobre a lista de reivindicações entregue antes do recesso parlamentar. Campos Filho disse ainda que tentou o diálogo antes da invasão. Ele informou que perguntou ao grupo, na entrada da Câmara, que estaria aberto ao diálogo e que gostaria de conversar sobre a reivindicação deles, com seus representantes. Os manifestantes teriam respondido então que 'ninguém nos representa' e invadiram o local em seguida. 'Não tivemos outra alternativa que não fosse chamar a polícia', explicou Campos Filho. Os manifestantes detidos na noite desta quarta-feira (7), já foram liberados, segundo informação da Agência Brasil. 'Estamos providenciando a limpeza e até o final do dia devemos ter contabilizados os prejuízos. A Câmara funciona normalmente hoje', informou Filho. Segundo reportagem do Correio, o grupo de manifestantes é formado por vários movimentos e também exibiram bandeiras do PSTU e do JSOL, um coletivo ligado ao PSOL. O balanço do vandalismo na Câmara serão divulgados no final da tarde, segundo a assessoria da Câmara. Os manifestantes haviam decidido passar a noite no plenário, mas foram retirados pela Tropa de Choque da PM, que fará a identificação dos integrantes do protesto que praticaram atos de vandalismo com ajuda do circuito de TV da Câmara. Eles serão processados por danos ao patrimônio público.