Sábado de manhã, ao menos dois foram vistos sobrevoando o Aeroporto Internacional de Viracopos (Divulgação)
Soltar balões continua sendo uma rotina na Região Metropolitana de Campinas (RMC). Sábado de manhã, ao menos dois foram vistos sobrevoando o Aeroporto Internacional de Viracopos. Um deles caiu próximo à cabeceira 15, localizada a cerca de 400m da pista de pouso e decolagens. O artefato, contudo, foi retirado rapidamente e não chegou a prejudicar as operações de voo, já que permaneceu fora da rota de aviões, segundo informou a administração do aeroporto. O dono do balão não foi encontrado no momento em que foi feita a retirada do objeto no local. “É importante que as pessoas denunciem sempre que possível esse tipo de ação, que nada mais é do que um crime ambiental. Você consegue imaginar o problema que seria se esses artefatos inflamáveis caíssem, por exemplo, no polo petroquímico que tem em Paulínia ou então numa residência familiar?”, questiona Sidnei Furtado, coordenador da Defesa Civil de Campinas. Também no período da manhã, outro incidente envolvendo balões foi registrado. Desta vez, duas pessoas foram detidas pela Polícia Militar em Indaiatuba, por volta, das 7h30, na Rodovia João Ceccon. Os dois homens pegos em flagrante confessaram que soltaram o balão em Campinas e que foram a Indaiatuba resgatar o artefato que lhes pertencia. Segundo relatos da polícia, o balão media cerca de 10m e uma gaiola também foi apreendida. Os dois homens foram detidos, multados em R$ 5 mil e vão poder responder em liberdade. De acordo com a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605), fabricar, vender, trasportar ou soltar balões que possam provocar incêndios é crime e a pena prevista é de 1 a 3 anos de prisão, podendo o infrator receber as duas punições juntas. Muitos balões trazem em sua base cangalhas de fogos de artifício, que são facilmente inflamáveis e que podem estourar perto de pessoas ou casas. “Ela (punição) é uma vergonha! É preciso que haja uma revisão na legislação com relação às penas brandas que são aplicadas nesse tipo de ocorrência, não só no que diz respeito aos balões, mas também às queimadas. É a única solução que eu vejo hoje para que se possa conscientizar essas pessoas de que o que elas estão fazendo não é uma brincadeira, mas sim um crime ambiental”, explica o coordenador da Defesa Civil.