Bloco "Nem Sangue Nem Areia" atrai 1,5 mil na Vila Industrial

No aniversário de 11 anos de sua volta ao Carnaval campineiro, o bloco Nem Sangue Nem Areia – o mais antigo da cidade – reuniu 1,5 mil pessoas em seu desfile pelas ruas da Vila Industrial, na tarde deste domingo (24). A festividade teve início às 13h e o tema escolhido para o desfile foi “A Vila Vai Virar Sertão”, uma homenagem à comunidade nordestina. O Nem Sangue Nem Areia ainda levou às ruas o boi símbolo do bloco, bem como o bonecão de Olinda, feito em homenagem a Helder Bittencourt, um dos refundadores do evento. A professora de biologia Rosana Aguilar, de 41 anos, foi até a Vila Industrial acompanhada do marido e de seus dois filhos. Ela explica que mais uma vez gostou do que viu. “Essa é a terceira vez seguida que a gente vem no bloco. Mais uma vez não há do que reclamar. Está tudo muito gostoso”, contou. Além do desfile, os foliões puderam se divertir com shows do conjunto Maria Lua, com o melhor do forró e da banda Nem Sangue Nem Areia, que interpretou alguns dos clássicos da música popular brasileira. Também foram servidas comidinhas típicas nordestinas, como macaxeira, acarajé e muito mais, além de cerveja, chopp e caipirinhas. “Eu nunca tinha comido nenhuma comida nordestina. Como existe uma primeira vez para tudo, hoje aproveitei e me permiti experimentar. Uma delícia”, disse o engenheiro Antônio Pizzaro, de 36 anos. História O bloco Nem Sangue Nem Areia desfilou entre os anos 40 e 70 nas ruas da Vila Industrial e tinha seu nome inspirado no megassucesso do cinema “Sangue e Areia”, estrelado pelo galã Tyrone Power. A inspiração veio tanto pela influência hollywoodiana quanto do fato de a Vila Industrial ser um bairro tomado por curtumes e matadouros. A passagem de rebanhos de gado pelas ruas do bairro era uma cena corriqueira à época. Já transformado em escola de samba, o bloco encerrou suas atividades em 1976, retornando às ruas depois de mais de 40 anos, em 2009, quando voltou a se tornar uma referência no Carnaval da cidade.