A ESPERA DE UMA AJUDA

Bob, o cãozinho espancado, precisa de tomografia

Exame custa R$ 1,3 mil e protetora que acolheu o animal não tem condições financeiras de pagar o procedimento

Raquel Valli/ Correio Popular
raquel.valli@rac.com.br
13/02/2021 às 17:51.
Atualizado em 22/03/2022 às 01:12

Bob é atendido na Clínica Ellen, em Hortolândia: cachorro levou paulada na coluna e pode ficar paralítico (Kamá Ribeiro/ Correio Popular)

O cachorrinho Bob, que foi espancado e levou uma paulada na coluna cervical na semana passada, precisa ser submetido a uma tomografia para detectar a gravidade da lesão. Mas, além do problema de saúde em si, que é grave, há uma segunda dificuldade: o exame de imagem custa cerca de R$ 1.300. O animal não consegue levantar, nem tampouco andar. Está internado na Clínica Ellen, em Hortolândia, para aonde foi transferido na noite de quinta-feira. A clínica está tratando Bob a preços acessíveis. Por enquanto, não há previsão de alta médica.

Cão espancado é salvo após ganir três dias numa caixa

Antes de ser transferido para a Clínica Ellen, Bob estava sendo assistido em um hospital veterinário, também em Hortolândia. A conta do atendimento, de R$ 1.200,00, está em aberto. A tomografia que Bob terá que fazer, precisará ser realizada em Campinas, onde há centros especializados nesse tipo de exame.

"Eu não poderia nem pensar em assumi-lo, mas os ganidos dele não saíam da minha cabeça. Tentei ajuda com outros protetores, mas um está mais sobrecarregado que o outro: todo mundo abarrotado de animais resgatados. Uma pessoa com muita maldade no coração deu uma paulada na cervical dele, e, por isso, ele tá assim", relata a protetora Eliane Souza.

A médica-veterinária Ellen Caroline de Souza Silva, da Clínica Ellen, explica que a lesão não teve como ser diagnosticada por raio X. Uma das consequências da lesão foi a perda do movimento das patas. Bob não conseguia urinar sozinho, por isso estava com sonda. O aparelho foi retirado para tentar estimulá-lo a fazer xixi por si só. O animal está com anemia, doença do carrapato, mas está sendo medicado, inclusive contra dor.

Boa notícia

A boa notícia é que o cachorro está conseguindo defecar, começou a se alimentar e tem bebido água. "A pancada gera uma reação inflamatória, que acaba causando um edema na medula, e esse edema impede as respostas neurológicas. Acredito que não haja risco de óbito. Mas, precisamos saber se ele ainda vai conseguir caminhar. Porque, às vezes, mesmo levantando, o animal não tem condições de dar passos", explica a veterinária Ellen, reforçando a necessidade da realização da tomografia.

A protetora Eliane, entretanto, não tem condições financeiras de bancar o exame de imagem. Ela proprietária de uma papelaria. Cuida e resgata animais voluntariamente. Hoje, tem 70 cães sob sua responsabilidade, distribuídos em dois abrigos, o que representa um gasto de R$ 2 mil em alugueis por mês em lares temporários.

Para garantir conforto aos animais, Eliane precisa constantemente de cobertores, casinhas, ração sem corante, medicamentos, além de recursos para consultas e procedimentos veterinários. Ela é protetora há dez anos, e os dois abrigos que mantêm estão abertos à visitação. O endereço não pode ser divulgado para evitar que pessoas abandonem animais nas portas das unidades.

"Venho enfrentando uma batalha muito grande, porque sempre foi muito difícil realizar esse trabalho, mas agora está mais difícil ainda por causa da pandemia. As ajudas diminuíram demais, e o abandono aumentou", desabafa. "Agradeço muito o Correio Popular porque, através da matéria sobre o Bob, algumas pessoas já entraram em contato comigo para ajudar.

Elas se sensibilizaram com o caso dele e com a causa animal", acrescenta Eliane. Quem quiser ajudar, deve entrar em contato com a cuidadora pelo WhatsApp (19) 9-9307-6024, pelo www.facebook.com/eliane.desouza.1069/ ou pelo instagram @adote_com_a_eliane.

Prefeitura

A Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, informa que o Departamento de Proteção e Bem Estar Animal (DPBEA), é o órgão responsável pela formulação e execução de políticas públicas de proteção e bem-estar animal, incluindo o controle populacional de cães e gatos, bem como o recolhimento de animais soltos em vias e logradouros públicos, em situação de risco ou sofrimento. 

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