A PUC-Campinas, a SBC, vão lançar na próxima segunda-feira uma campanha de conscientização e prevenção contra o novo coronavírus
A Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), a Fundação Síndrome de Down e Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) vão lançar na próxima segunda-feira uma campanha de conscientização e prevenção contra o novo coronavírus (Covid-19) voltada para pessoas com síndrome de Down. A medida tem como objetivo chamar a atenção e aprofundar melhor a discussão sobre os riscos da pandemia na vida dos jovens e adultos que possuem síndrome de downs. Ação também envolverá a participação das famílias, já quem nasce com a síndrome pertence ao grupo de risco da enfermidade. O professor da PUC-Campinas e idealizador da campanha, Franscisco Kerr Saraiva, explica que a ideia inicial do projeto era organizar um plano de comunicação para alertar sobre a prevenção de doenças cardíacas, como hipertensão e obesidade. No entanto, com o alastramento da doença em todo planeta, o foco do trabalho acabou sendo modificado. “Muitas pessoas com síndrome de down têm dificuldade de entender, por exemplo, os motivos de não poderem sair de casa ou de não poderem mais abraçar e beijar outras pessoas. (...) A gente tem que aproveitar que o tsunami ainda não chegou para valer no Brasil para fazer um trabalho de prevenção com toda a sociedade”, disse o especialista. O trabalho desenvolvido por ele e por outros voluntários consiste num projeto de comunicação que inclui, dentre outras ações, a criação de uma animação, um vídeo e uma cartilha de orientação com dicas de prevenção da doença. Todo esse material, feito com uma linguagem própria, será direcionado para o público por meio de divulgação na imprensa, nas redes sociais e em demais meios de comunicação. A síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população. As crianças, os jovens e os adultos com síndrome de Down podem ter algumas características semelhantes e estarem sujeitos a uma maior incidência de doenças.