Cartão vermelho para o bullying

Uma escola da Rede Municipal de Ensino de Campinas lançou anteontem uma campanha de combate ao bullyng, que deve ser implantada nas demais instituições. Ação preparatória teve início há cerca de oito meses e desencadeou na EMEF Presidente Humberto Alencar Castelo Branco, no Jardim Nova Europa, o lema Cartão Vermelho para o Bullying.” Em busca da valorização de respeito, companheirismo, carinho, amor, cuidado, esperança, amizade e fraternidade, a campanha visa prevenir o bullying nas escolas municipais de Campinas. Algumas atividades pedagógicas estão sendo desenvolvidas. Entre elas, a produção de paródias contra a prática e confecção de cartazes com dizeres como, que envolvem toda a comunidade escolar. Além disso, a instituição de um grupo de conselheiros que possam ser referência sobre o tema e consequentemente multiplicadores no combate à agressão. A diretora da unidade de ensino, Aurora Teixeira, explica que as ações nasceram após ocorrências de agressões físicas dentro do colégio. “Começaram a ocorrer brigas no horário da saída. Jovens de outras escolas vinham participar para defender seus amigos. Gradativamente, veio para dentro dos muros”, revela, completando que essa foi a hora de agir para mudar o triste cenários. No início, Aurora explica que foram realizadas palestras semanais sobre os mais diversos temas, entre eles, o racismo. A professora considera o resultado satisfatório. “Atualmente, vivenciamos um ambiente escolar saudável”, enfatiza. Mário Ramos, um dos coordenadores do projeto, explica ue o foco principal foi direcionado ao bullying porque este era o principal motivo dos confrontos. “A partir desse grito de socorro de alguns alunos, devido à atritos diários, nós tomamos uma atitude”, explica, informando que ouviram estudantes e professores, podendo compreender assim como se configurava a violência, fosse ela verbal ou corporal. “Entendemos que para atingir o nosso objetivo era necessário colocar os estudantes como protagonistas em todas as ações”, destaca, completando que os jovens participaram também da confecção do painel em grafite denominado “Cultura da Paz”. A tela estampa em destaque o rosto de Nelson Mandela, presidente da África do Sul entre 1994 e 1999, que morreu em 2013. "Demos várias opções, mas eles escolheram o Mandela pela sua representatividade", disse Ramos, sobre o vencedor do prêmio Nobel da paz em 1993 e símbolo maior da luta contra o regime segregacionista do Apartheid, sistema racista oficializado em 1948 em referente país.