FLEXIBILIZAÇÃO

Comércio e setor de alimentação estão aliviados

Mudança de fase significa esperança para tentar manter empregos e estabelecimentos

Gilson Rei
08/08/2020 às 09:39.
Atualizado em 28/03/2022 às 19:26
Os bares e restaurantes de Campinas poderão realizar atendimento presencial, mas com restrições (Leandro Ferreira/AAN)

Os bares e restaurantes de Campinas poderão realizar atendimento presencial, mas com restrições (Leandro Ferreira/AAN)

Comerciantes comemoram a reclassificação de Campinas no Plano São Paulo, passando da fase laranja para a amarela a partir de hoje. Na opinião dos representantes, a flexibilização provoca um “respiro” nas finanças e deverá reduzir o fechamento de lojas e demissões no comércio do Centro, dos bairros e dos shoppings. A Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) recebeu aliviada a notícia. Segundo a presidente da Acic, Adriana Flosi, o comércio poderá funcionar por seis horas diárias e aumentar a capacidade de atendimento de 20% para 40%, já na véspera do Dia dos Pais. “A retomada mais ampla dos setores de varejo e de serviços, nessa fase de flexibilização, aquecerá a economia regional e será crucial para a manutenção dos empregos este ano”, disse. Flosi destacou a necessidade de manter as medidas de segurança e continuar as atividades nas demais datas comemorativas até o Natal. “Teremos o Dia dos Pais, a Semana do Brasil, em setembro, o Dia das Crianças, em outubro, e a Black Friday, em novembro. Com isso, será possível salvar o faturamento do setor no segundo semestre”, afirmou. Após 139 dias fechados para atendimento presencial, o setor de bares e restaurantes da Região Metropolitana de Campinas (RMC), por exemplo, poderá reabrir as portas. Houve a demissão de 22 mil funcionários e 4,5 mil estabelecimentos encerraram as atividades neste período. Mesmo com a reabertura autorizada, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da RMC (Abrasel) informou que nem todos vão reiniciar. Matheus Mason, presidente da entidade, afirmou que pelo menos 25% dos estabelecimentos deverão permanecer fechados em razão da limitação de horário de funcionamento, previsto até 17h. Mason disse que a reclassificação era aguardada com grande expectativa. “Após quase cinco meses fechado, o setor está feliz em poder retomar. Porém, não será suficiente para atender todo o segmento, pois restringe o horário, prejudicando pizzarias, bares e botequins, que representam 25% dos negócios do setor”, disse. A Comissão de Shoppings Center da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Campinas, que participou das negociações entre os shoppings e a Prefeitura, apoiou a retomada e destacou que a diferenciação dos horários atendeu ao pleito do setor. Gustavo Maggioni, presidente da comissão, afirmou que a medida vai possibilitar que cada shopping funcione nos melhores horários para seus clientes e, com isso, haja um aumento nas vendas, considerando as especificidades de cada empreendimento.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por