Mudança de fase significa esperança para tentar manter empregos e estabelecimentos
Os bares e restaurantes de Campinas poderão realizar atendimento presencial, mas com restrições (Leandro Ferreira/AAN)
Comerciantes comemoram a reclassificação de Campinas no Plano São Paulo, passando da fase laranja para a amarela a partir de hoje. Na opinião dos representantes, a flexibilização provoca um “respiro” nas finanças e deverá reduzir o fechamento de lojas e demissões no comércio do Centro, dos bairros e dos shoppings. A Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) recebeu aliviada a notícia. Segundo a presidente da Acic, Adriana Flosi, o comércio poderá funcionar por seis horas diárias e aumentar a capacidade de atendimento de 20% para 40%, já na véspera do Dia dos Pais. “A retomada mais ampla dos setores de varejo e de serviços, nessa fase de flexibilização, aquecerá a economia regional e será crucial para a manutenção dos empregos este ano”, disse. Flosi destacou a necessidade de manter as medidas de segurança e continuar as atividades nas demais datas comemorativas até o Natal. “Teremos o Dia dos Pais, a Semana do Brasil, em setembro, o Dia das Crianças, em outubro, e a Black Friday, em novembro. Com isso, será possível salvar o faturamento do setor no segundo semestre”, afirmou. Após 139 dias fechados para atendimento presencial, o setor de bares e restaurantes da Região Metropolitana de Campinas (RMC), por exemplo, poderá reabrir as portas. Houve a demissão de 22 mil funcionários e 4,5 mil estabelecimentos encerraram as atividades neste período. Mesmo com a reabertura autorizada, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da RMC (Abrasel) informou que nem todos vão reiniciar. Matheus Mason, presidente da entidade, afirmou que pelo menos 25% dos estabelecimentos deverão permanecer fechados em razão da limitação de horário de funcionamento, previsto até 17h. Mason disse que a reclassificação era aguardada com grande expectativa. “Após quase cinco meses fechado, o setor está feliz em poder retomar. Porém, não será suficiente para atender todo o segmento, pois restringe o horário, prejudicando pizzarias, bares e botequins, que representam 25% dos negócios do setor”, disse. A Comissão de Shoppings Center da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Campinas, que participou das negociações entre os shoppings e a Prefeitura, apoiou a retomada e destacou que a diferenciação dos horários atendeu ao pleito do setor. Gustavo Maggioni, presidente da comissão, afirmou que a medida vai possibilitar que cada shopping funcione nos melhores horários para seus clientes e, com isso, haja um aumento nas vendas, considerando as especificidades de cada empreendimento.