Crianças deficientes físicas puderam ver Campinas em voo panorâmico durante a manhã de sábado
Sthefany e Luana, no helicóptero, se preparam para fazer passeio (Carlos Sousa Ramos/AAN)
Um grupo de 18 meninos e meninas da Casa da Criança Paralítica viu Campinas do alto na manhã de ontem, em toda sua extensão, em um voo panorâmico. Os pequenos cadeirantes fizeram um passeio de helicóptero e nunca haviam voado. O evento, da Delta Escola de Aviação, começou às 9h, no Aeroporto dos Amarais. Todos os meses, alunos da Delta fazem voos de helicópteros.
A ideia de promover edições solidárias do passeio, com entidades filantrópicas, foi do diretor da empresa, Adauto Ferreira. “Infelizmente, a aviação é muito restrita para esse público, principalmente o acesso ao helicóptero. Resolvemos realizar pelo menos um sonho deles”, explicou Ferreira. O diretor, que é piloto, afirmou que sempre se emociona ao ver a cidade de cima. “Por isso, imagino que a emoção das crianças foi ainda maior. Elas aterrissaram com um brilho impagável no olhar”, acrescentou. O presidente da entidade, Jamil Khater, explicou que foram selecionados pacientes com maior facilidade de locomoção para o passeio. Para ele, a experiência ficará marcada na memória das crianças a vida toda. “Fazemos alguns passeios com elas, mas nada parecido com isso. Vai ser difícil encontrar algo que supere o voo de helicóptero.”
Sthefany Oliveira, de 9 anos, disse que ficou com um frio na barriga quando foi convidada para fazer o voo, mas não deixou o medo superar a excitação de ver a Campinas do alto. “Vi árvores, prédio, carros, parece tudo de brinquedo, como nos filmes, quando a câmera mostra a cidade de cima”, contou. A mãe, Maria Alexsandra Silva Oliveira, de 29 anos, afirmou que a filha estava ansiosa para o passeio. “Foi uma maneira de mostrar que ela é igual a qualquer outra criança, que pode fazer o que quiser”, disse. Luana Duran, de 11 anos, garantiu que não sentiu medo, e aproveitou o passeio para tirar várias fotografias. “Vou revelar e dar as fotos para a minha avó, que nunca andou de avião.”