lembranças

Dia de Finados celebra fé e emoção

O Dia de Finados em Campinas teve movimento intenso durante a manhã e tarde desta sexta-feira (2), nos principais cemitérios da cidade

Henrique Hein
henrique.hein@rac.com.br
02/11/2018 às 21:32.
Atualizado em 05/04/2022 às 22:39

O Dia de Finados em Campinas teve movimento intenso durante a manhã e tarde desta sexta-feira (2), nos principais cemitérios da cidade. Nem mesmo o forte calor e as enormes filas de carros nas entradas dos cemitérios impediram os fiéis de prestar suas homenagens aos entes queridos.  No Cemitério da Saudade, a aglomeração de pessoas já era intensa antes mesmo da abertura dos portões. De acordo com os agentes de mobilidade urbana da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), o fluxo de veículos na Avenida da Saudade já era intenso às 7h. Ao todo, mais de 12 mil pessoas estiveram no local e nenhuma ocorrência fora da normalidade foi registrada, segundo a Guarda Municipal. Pelos corredores da necrópole, o que se via eram diversas pessoas pela manhã rezando e levando flores aos túmulos de pessoas importantes que já se foram. Foto por: Thomaz Marostegan/Especial para a AAN Foto por: Thomaz Marostegan/Especial para a AAN Foto por: Thomaz Marostegan/Especial para a AAN Foto por: Thomaz Marostegan/Especial para a AAN Foto por: Thomaz Marostegan/Especial para a AAN Foto por: Thomaz Marostegan/Especial para a AAN Foto por: Thomaz Marostegan/Especial para a AAN Foto por: Thomaz Marostegan/Especial para a AAN Foto por: Thomaz Marostegan/Especial para a AAN Foto por: Thomaz Marostegan/Especial para a AAN Foto por: Thomaz Marostegan/Especial para a AAN Foto por: Thomaz Marostegan/Especial para a AAN Exibir legenda 1100

Movimento no cemitério Flamboyant.

Movimento no cemitério Flamboyant.

Missa realizada no cemitério Flamboyant.

Árvore de gratidão, instalada no cemitério flamboyant.

Movimentação no cemitério da Saudade.

Movimentação do lado de fora do cemitério da Saudade.

Movimento dentro do cemitério da Saudade.

Movimento dentro do cemitério da saudade.

Movimentação no cemitério da Saudade.

Movimentação do lado de fora do cemitério da saudade.

Comércio de flores no cemitério da Saudade.

Trânsito nas proximidades do cemitério da Saudade. Com a ajuda de uma cuidadora, a aposentada Doralice de Oliveira, de 93 anos, prestou orações ao esposo que faleceu há quatro anos. Comovida, a idosa chorou ao contar que reservaria grande do seu dia para ver o túmulo de seu ex-marido. "Desde que ele se foi eu tenho esse costume. Ele ainda é o meu companheiro inseparável. É o homem que eu escolhi para amar e o homem que sempre me fez feliz. Eu sei que quando chegar a minha hora, ele estará lá em cima esperando por mim" , comentou. Vendas boas Do lado de fora do complexo, as vendas de flores faziam a alegria dos comerciantes. A florista Mara Macedo, de 43 anos, conta que em dias normais praticamente não vende flores. "Fica tudo muito parado. Geralmente, as pessoas não compram itens como esse em datas fora de época, mas hoje a comercialização de vasos está muito boa. Para você ter uma ideia, eu compro 30 vasos, em média, para vender por semana. Só para hoje, tive que comprar 300" , explicou. Música O dia de orações no Cemitério da Saudade contou ainda com a apresentação do Grupo Voz & Violão. O conjunto, que existe desde 2001, tem como proposta levar a Palavra de Deus por meio da música cantada nos Hospitais, como forma de contribuir para a recuperação dos pacientes. No local, os artistas entoaram cânticos religiosos e emocionaram quem passava próximo a entrada principal do complexo. "Este é o terceiro ano que nós estamos aqui no Cemitério da Saudade, levando um pouco de paz e alegria por meio da música. Na Palavra, Deus diz que mesmo que ainda tenhamos problemas, Jesus Cristo é a nossa verdadeira alegria. Sabemos que esse é um momento em que muitas pessoas comparecem aos cemitérios para rever seus entes queridos que já se foram. O nosso objetivo é confortar a dor dessas pessoas e levar um pouco de paz para o coração de cada uma delas" , ressaltou o líder do grupo, Fábio Pimenta. Mensagens em árvore deixam visitantes tocados Nos cemitérios Flamboyant e Aleias, no Gramado, o movimento pela manhã foi calmo. Entretanto, o motorista precisou ter paciência para estacionar o carro, pois as ruas próximas aos dois cemitérios estavam tomadas de veículos. A Avenida dos Flamboyants registrou filas de carro até a chegada do cemitério. Segundo um dos agentes de mobilidade urbana da Emdec, mais de 5 mil pessoas eram esperadas ao longo do dia em cada um dos dois cemitérios. Homenagem singela Logo na entrada do Cemitério Flamboyant, o visitante tinha a possibilidade de escrever uma homenagem a um ente querido e pendurar a mensagem em uma árvore simbólica e de pequeno porte. A atividade emocionou a arquiteta Pedrina Antunes, de 50 anos, que escreveu e prestou uma homenagem a mãe de sua melhor amiga. "A gente tem que ser grato todos os dias. A gente tem perdas pelo caminho, mas que as coisas boas que a gente tem são muito maiores. Hoje eu vim aqui, porque faleceu a mãe da minha melhor amiga e eu sou grata por ela ter me dado o que mais eu poderia querer na minha vida, que é uma irmã para mim" , frisou. A psicóloga Silvana Caetano, de 44 anos, trabalha nos projetos desenvolvidos pela Comunidade Religiosa Santa Rita de Cássia, que administra os dois cemitérios no bairro do Gramado. Ela explica que já é tradição os dois cemitérios receberem ações no Dia de Finados. "O nosso objetivo com as ações é ajudar as pessoas a homenagear aos parentes e amigos que já se foram, de uma forma mais delicada, sem necessariamente voltar ao sentimento inicial da perda. Nesse ano, o evento conta com música clássica ao vivo e sonorizada por canto; um serviço de massagem relaxante rápida; missas tradicionais, e também uma ação nacional dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil, com o tema 'Pelo que você é grato'" , explicou. Na alameda principal do cemitério, a aposentada Maria do Carmo, de 66 anos, tinha estampada em sua camiseta branca a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Ela explica que foi ao cemitério para orar por seus pais falecidos e para pedir mais proteção ao seu único filho, que no final do ano passado sofreu um acidente sério. “Graças a Deus, está tudo bem com ele. Aproveitei a data para pedir para que Nossa Senhora possa abençoá-lo sempre" , reforçou a aposentada. SAIBA MAIS Fundado em 1881, o Cemitério da Saudade, em Campinas, é considerado um dos mais importantes do Brasil por conta da sua riqueza arquitetônica, da beleza e da importância das obras de arte que ostentam grande parte de seus túmulos. Tombado como patrimônio cultural da cidade em novembro de 2003, o cemitério lista 19 ampliações datadas da década de 1930 até os anos de 1960. Lá encontram-se enterrados figuras ilustres do Brasil, como o escravo Toninho - que durante anos serviu Barão Geraldo Ribeiro de Souza Rezende, que deu origem ao distrito de Barão Geraldo e a lenda do Boi Falô!.

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