Homem teve de recorrer a "investigação" para localizar advogada que teve bens levados
Após ter a mochila com documentos, livro e notebook furtada de seu carro na Avenida José de Souza Campos (Norte-Sul), em Campinas, há duas semanas, a advogada de Recife (PE) Marcela Scavuzzi foi surpreendida. O objeto foi encontrado pelo empresário Daniel Bernal, jogado na Travessa Álvares de Azevedo, no Cambuí, e devolvido a ela na segunda-feira (18). Como na mochila não havia documentos, apenas uma conta de telefone no nome de Marcela, Bernal demorou 15 dias para conseguir encontrar a recifense. Obstinado, o empresário acionou a companhia telefônica e chegou a pedir ajuda ao Correio para achar a dona da mochila.Bernal disse que a mochila estava jogada ao lado de um carro com o vidro quebrado na travessa. No mesmo dia, ele achou também mais duas bolsas na mesma via, que não teve problema em devolver aos respectivos donos porque continham documentos. “Aquela rua é a que tem mais assaltos de carro no bairro. Passo por ali todos os dias para ir ao clube à noite. Achei que a mochila pertencesse ao proprietário de um dos carros arrombados, mas não”, explicou. Com apenas a conta de telefone de Jaboatão dos Guararapes (PE) como pista, Bernal acionou o Correio para agilizar a busca.“Sou leitor do jornal e achei melhor pedir ajuda. Fazer uma força-tarefa para achar a Marcela. Achei que realmente poderia ter coisas importantes para ela dentro da mochila”, explicou.Tanto o empresário quanto a equipe do Correio entraram em contato com a companhia telefônica, que passou os contatos da advogada. “Fiquei muito feliz com a atitude. A mochila tinha livros e um certificado de um curso que eu fiz. Mas achei que nunca mais veria nada. É bom saber que ainda podemos contar com a boa vontade de algumas pessoas”, disse Marcela, de 30 anos, ao receber a mochila das mãos de Bernal. Foram furtados da bolsa o notebook e um carregador de celular.A advogada estava visitando amigos na cidade e teve o carro arrombado enquanto jantava em uma pizzaria. O crime ocorreu no primeiro dia de Marcela em Campinas. “Estava comendo quando a garçonete disse que meu carro estava com o vidro quebrado. Imagina só o susto que levei. A avenida estava bem movimentada ainda”, contou.