transporte metropolitano

EMTU: reajuste provoca protestos de usuários

O aumento do preço nas tarifas do transporte metropolitano gerou protestos dos usuários do sistema. O reajuste médio é de 11,24%

Lauro Sampaio
30/01/2019 às 08:02.
Atualizado em 05/04/2022 às 10:39

O aumento do preço nas tarifas do transporte metropolitano gerou protestos dos usuários do sistema. O reajuste médio é de 11,24%. A inflação média do período foi de 3,75%, medida pelo INPCA - Instituto Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) No ano passado, o aumento médio anunciado em janeiro foi de 4,06%, fora o reajuste de R$ 0,05 em 18 linhas em julho por conta do alinhamento dos valores do pedágio. De acordo com nota divulgada pela Empresa Metropolitana de Transporte Urbano (EMTU), com relação ao reajuste médio de 11,24% nas tarifas das linhas intermunicipais, que entrou em vigor no último domingo, foi levado em conta o aumento no preço do combustível, além da elevação do custo da mão de obra nas áreas de operação da Região Metropolitana de Campinas (RMC), manutenção dos veículos, inflação acumulada no período e cláusulas contratuais com as empresas operadoras. A EMTU disse que dentro do reajuste foram contidas melhorias futuras para os usuários. As empresas operadoras se comprometeram a adquirir 140 novos ônibus com ar-condicionado (1/3 da frota) e instalar wi-fi em toda a frota num período de seis meses. Na Região Metropolitana de Campinas, operam cerca de 150 linhas atendendo 20 cidades. Numa rápida pesquisa feita pela reportagem do Correio, apurou-se que a tarifa mais cara da região será cobrada entre Campinas e Americana, que foi para R$ 12,00. Questionamentos Usuários do sistema do transporte coletivo metropolitano de Campinas criticaram fortemente o reajuste, principalmente pelo fato dele ter excedido os índices inflacionários do período. Para a segurada Cleonice da Silva, de 48 anos, o reajuste ficou muito acima da inflação e vai pesar no bolso do consumidor. “É muito caro, o desemprego está em alta, não há uma justificativa para um aumento desses”, disse ela, que estava na tarde de segunda-feira na estação rodoviária aguardando um coletivo. A controladora de varrição Jéssica Luis, de 28 anos, que utiliza diariamente a linha Campinas-Hortolândia, considerou o reajuste desproporcional, pois não acompanhou os índices inflacionários do período. Ela fez as contas e vai gastar agora R$ 4,90 por viagem, ou R$ 9,80 por dia. Outra usuária que estava muito revoltada com a situação era a promotora de vendas Fernanda Gonçalves, de 22 anos, que trabalha no Terminal Metropolitano Rodoviário de Campinas e vem todo dia de Monte Mor para a cidade. “Minha passagem subiu de R$ 4,55 para R$ 5,05, subiu R$ 0,60. Por mês vou gastar mais de R$ 30,00 a mais.” Para a promotora de vendas, o reajuste foi muito desproporcional e a população mais pobre que precisa do serviço sairá prejudicada.

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