Com apenas 22 anos, Rodrigo Pellegrino Foz realizou um sonho pessoal ao ser aprovado em economia na Universidade de São Paulo (USP), em 2019. Morador de Campinas, o estudante conquistou nada mais nada menos que o 1º lugar geral dos selecionados para a instituição em Ribeirão Preto, que tem um dos cursos de economia mais concorridos do País. A história do jovem, contudo, chama atenção não apenas pelo resultado final, mas também pelo fato de que ele precisou superar uma rotina intensa de estudos e de trabalho para entrar na faculdade. Anteontem, ele recebeu a notícia de que também passou no Vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em entrevista concedida ao Correio Popular, o jovem contou que durante o dia frequentava cursinho e que à tarde trabalhava em um shopping da cidade. “Eu fazia o cursinho de manhã e trabalhava das 14h as 22h em um shopping. Nesse período, a organização dos estudos tinha que ser máxima. É claro que muitas coisas acabam ficando para trás, porque a carga de matéria era muito alta e o tempo sempre parecia ser insuficiente”, afirmou o jovem, que antes de passar em economia já havia feito dois anos de engenharia de produção na USP, em São Carlos. “Acabei saindo em janeiro do ano passado porque não tive prazer com o curso. Não me via trabalhando com aquilo e senti que realmente não havia escolhido o curso certo”, explicou. Com uma rotina diária intensa, Foz explicou que precisou superar obstáculos – entre eles o cansaço físico e mental – para conseguir entrar novamente na USP e também na Unicamp. Segundo ele, o ponto principal que o ajudou a manter o foco nos estudos foi o pensamento positivo. “Sempre respeitei minhas limitações e acreditei muito no meu potencial. O importante é fazer o que está dentro do nosso alcance, sem se importar com o que os outros estão fazendo. É claro que falar é bem mais fácil do que praticar, mas acredito que esse pensamento me ajudou a ter um rendimento maior e, principalmente, segurança interna”, comentou. Questionado sobre qual dica daria para os demais estudantes que, assim como ele, mantém uma rotina de trabalho e estudo, Foz foi sucinto e explicou que quando não se tem muito tempo para estudar em casa, o melhor é prestar atenção no que os professores ensinam em sala de aula. “Nesse período em que trabalhava e estudava, o que mais me ajudou na questão de estudos era a atenção total às aulas. Como eu já não conseguia assistir a todas por conta do trabalho, nas que eu estava, aproveitava ao máximo, e isso foi importante para depois conseguir assimilar mais fácil as matérias”, disse.