mapeamento da cidade

Força-tarefa para acabar com analfabetismo

Com aproximadamente 18 mil pessoas a partir dos 15 anos que não sabem ler ou escrever, Campinas espera erradicar o analfabetismo até o ano que vem

Renato Piovesan
05/02/2019 às 08:15.
Atualizado em 05/04/2022 às 10:00

Com aproximadamente 18 mil pessoas a partir dos 15 anos que não sabem ler ou escrever, Campinas espera erradicar o analfabetismo até o ano que vem. Para isso, a Secretaria Municipal de Educação deu início ontem a uma força-tarefa para mapear os analfabetos e conduzí-los à Fundação Municipal para Educação Comunitária (Fumec), onde podem aprender conceitos básicos de leitura e escrita em poucos meses. Se conseguir cumprir a meta de zerar a taxa de analfabetismo em 2020, Campinas se antecipará em quatro anos ao prazo estipulado pelo Plano Nacional de Educação. “O Brasil tem suas especificidades. No caso de Campinas, já temos conseguido avançar muito nos últimos anos e acredito que podemos zerar as taxas até 2020”, pontuou a secretária de Educação Solange Policer, durante lançamento da 6ª Campanha pela Erradicação do Anabalbetismo de Campinas, ontem. Atualmente, a taxa de analfabetismo no Brasil é de 7%. Em Campinas, 1,6% da população é considerada analfabeta. De acordo com Censo divulgado em 2010 pelo IBGE, Campinas era a quinta cidade com os menores índices de analfabetos ou pessoas com baixa escolaridade dentre os 14 municípios com mais de um milhão de habitantes do ranking. Segundo o prefeito Jonas Donizette (PSB), Campinas já foi contemplada no fim de 2016 com o Selo Município Livre do Analfabetismo, concedido pelo Ministério da Educação aos municípios que atingem 96% de alfabetização. Apesar do certificado, o prefeito espera melhorar os números. “Nossa meta é 0% de analfabetismo. É claro que quanto mais perto do zero vai chegando, mais difícil vai ser ficar encontrando essas pessoas, mas até por isso demos início à busca ativa para chamar as pessoas que não tiveram a oportunidade de se alfabetizar no tempo adequado para que venham à Fumec", afirmou. Na força-tarefa, funcionários uniformizados da pasta visitam famílias que tenham pessoas não alfabetizadas em bairros com baixos índices de desenvolvimento e em pontos de grande aglomeração, como em terminais de ônibus. Aqueles que declararem não possuir nenhum tipo de estudo poderão ser encaminhados à Fumec. Desde 2013, a Fumec fez aproximadamente 62 mil atendimentos, entre cursos, aulas e acompanhamentos. A fundação desenvolve diversos programas de Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA), com 140 salas de aula disponíveis, além de realizar parcerias. A Fumec disponibiliza o Ensino Fundamental I (1º ao 4º ano) para pessoas com mais de 15 anos que não têm estudos ou possui baixa escolaridade.

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