A Prefeitura de Hortolândia confirmou a primeira suspeita do novo coronavírus na cidade, em um homem de 50 anos, o que eleva de 15 para 16 o total
A Prefeitura de Hortolândia confirmou a primeira suspeita do novo coronavírus (Covid-19) na cidade, em um homem de 50 anos, o que eleva de 15 para 16 o total de pessoas investigadas na RMC. O paciente — que chegou da Itália no domingo — foi colocado em isolamento domiciliar, após procurar atendimento em um hospital particular de Campinas. Ele apresentou febre, congestão nasal e coriza. O estado de saúde dele é considerado bom. Além do registro em Hortolândia, a RMC possui 11 casos suspeitos em Campinas, dois em Valinhos; um em Americana e outro em Vinhedo. Em todo o Estado, são 135 suspeitas e 131 casos descartados por meio de análise laboratorial. Na última segunda-feira, a Secretaria de Saúde de Valinhos comunicou mais um caso suspeito da doença no município — um homem, de 52 anos, que viajou para o Egito, França e Suíça no mês passado. Segundo a Pasta, o paciente começou a apresentar os sintomas dois dias antes de retornar ao País. Em solo brasileiro, procurou atendimento no Hospital Galileo, em Valinhos. O homem está em isolamento domiciliar e em boas condições de saúde. Além dele, Valinhos possui outro caso suspeito ainda em análise. Na sexta-feira, uma jovem, de 20 anos, procurou a Santa Casa do município com sintomas da doença. A paciente — que esteve na Índia e na Itália em fevereiro — aguarda o resultado do exame enviado ao Instituto Adolfo Lutz. No final de semana, o caso suspeito de um jovem, de 25 anos, que viajou para Israel e Itália, no mês passado, foi descartado pelo município. O exame dele deu negativo no Adolfo Lutz. Valinhos também monitora a situação de um casal de idosos, de 85 e 60 anos, que mantive contato com o primeiro infectado do País. Eles são parentes dele, mas não apresenta nenhum sintoma da doença. Para ser considerado suspeito, um paciente precisa apresentar febre e mais um sintoma respiratório, como tosse ou espirros. A pessoa também tem que ter viajado ou mantido contato com alguém que esteve recentemente em um dos países com transmissão ativa da doença. Na semana passada, a Secretaria de Saúde de Campinas convocou uma coletiva de imprensa e explicou que a cidade tinha computado seus primeiros quatro casos suspeitos do novo coronavírus. Em uma semana, os registros quase triplicaram. Já Americana informou, na segunda-feira, que recebeu uma notificação do Hospital Vera Cruz de Campinas alertando para o primeiro caso suspeito da doença na cidade em uma mulher, de 40 anos. No domingo, foi a Prefeitura de Vinhedo quem passou a investigar o primeiro caso suspeito de coronavírus no município. O registro pertence a uma mulher de 63 anos, que foi atendida no Hospital Galileo, em Valinhos. Segundo o Poder Municipal, a paciente esteve na Itália e retornou para o Brasil no final de fevereiro. Assim como os demais casos suspeitos na Região, ela também aguarda o resultado final do exame do Instituto Adolfo Lutz. Fiocruz distribui kits de diagnóstico A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) começou ontem a distribuir kits para o diagnóstico laboratorial do novo coronavírus (Covid-19) para laboratórios centrais estaduais, que também passarão por um processo de capacitação para a realização dos testes. Atualmente, somente laboratórios de São Paulo, Pará e Goiás realizam o diagnóstico, além da própria Fiocruz. Os kits foram desenvolvidos no Brasil pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP). Já a capacitação será conduzida pelo Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). A produção dos kits foi iniciada esta semana, diante da identificação dos primeiros casos da doença no Brasil e já antecipando uma possível disseminação do coronavírus em território nacional. A Fiocruz tem capacidade de produzir de 25 mil a 30 mil testes por semana, e o ritmo deve atender à demanda estabelecida pelo Ministério da Saúde. (Agência Brasil) Colombiano que mora na Capital é o terceiro caso O Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde de São Paulo (estadual e municipal) confirmaram ontem um terceiro caso importado do novo coronavírus no Brasil. Além desse, as autoridades investigam outro possível caso confirmado na capital paulista. A confirmação depende do resultado da contraprova do exame. O terceiro paciente confirmado com a doença no Brasil é um administrador de empresas colombiano de 46 anos, que vive na cidade de São Paulo e que viajou ao Exterior ao longo do mês de fevereiro. Ele esteve na Espanha no dia 9 de fevereiro e desde então passou pela Itália, Áustria e Alemanha, antes de retornar à capital paulista no dia 29 de fevereiro. Com tosse, dor de garganta e de cabeça, ele procurou o Hospital Israelita Albert Einstein ontem, onde o teste foi realizado e a confirmação ocorreu. O ministério informou também que monitora 531 casos considerados suspeitos. Outros 314 já foram descartados. A Pasta acrescentou que a lista de países monitorados chegou a 31. Os Estados com mais casos suspeitos são São Paulo (135), Rio Grande do Sul (98), Minas Gerais (82) e Rio de Janeiro (55), segundo dados compilados até 17h15. Quarto caso Uma adolescente de 13 anos pode ser o quarto caso de coronavírus no País. Ela esteve em Milão, na Itália, no dia 22 de fevereiro. Na região das Dolomitas, nos Alpes Italianos, ela se submeteu a uma cirurgia no joelho em um hospital local. Mesmo sem apresentar sintomas, quando regressou ela foi testada em São Paulo, onde um laboratório privado confirmou o caso. A amostra está passando por uma contraprova no Instituto Adolf Lutz para verificar e confirmar definitivamente o caso. Os outros dois casos confirmados no Brasil anteriormente também foram de pessoas que tinham viajado à Itália, onde o surto está avançando rapidamente. Os três casos confirmados e a jovem monitorada estão em isolamento domiciliar, disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Nos dois primeiros pacientes, não há relato de problemas de saúde ou complicações decorrentes da doença nem foram registrados sinais e sintomas nas pessoas que convivem com eles. Apesar do caso suspeito assintomático, Mandetta afirmou que a rede pública seguirá avaliando para novo coronavírus apenas pessoas que têm sinais da doença. "Ela fez uma coleta fora da curva. Para a saúde pública, a gente continua somente com casos suspeitos quem tem sintoma. A gente não vai fazer exame, uma loteria, com todo mundo que chega para ver se tem a doença", afirmou o ministro. Segundo Mandetta, a recomendação é seguir o "bom senso" para buscar um serviço de saúde. "Recomenda-se para pessoas que vão a locais de transmissão intensa". O ministro voltou a recomendar que não sejam feitas viagens desnecessárias a países em alerta, ainda que não haja orientação formal do governo. Mandetta disse ao BRPolítico, mais cedo, que o teste da adolescente foi feito no laboratório Fleury, que ainda não está entre os credenciados pelo governo federal para este tipo de análise. Assim, será necessária uma contraprova, segundo o ministro. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), apresentados pelo ministério, há 90.870 casos confirmados de novo coronavírus no mundo, sendo 1.922 novos. Há 72 países com pessoas infectadas. A OMS registra 3.112 óbitos pela doença, sendo 1.792 novos. A China concentra 80.304 casos do novo coronavírus e 2.946 óbitos. (Estadão Conteúdo) Facebook disponibiliza informações sobre doença O Facebook vai fornecer aos seus usuários anúncios gratuitos da Organização Mundial de Saúde (OMS), para combater a desinformação existente em torno do novo coronavírus. O objetivo é garantir que as pessoas sejam corretamente informadas dos riscos que correm e do modo como devem reagir à epidemia. “Nós estamos dando à OMS a oportunidade de divulgar seus anúncios de forma gratuita, tal como ela necessita, para dar resposta ao coronavírus, juntamente com outros apoios do gênero”, garantiu o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg. Os usuários que fizerem pesquisa sobre o vírus no Facebook vão ser direcionados, através de um pop-up, para a OMS ou para a autoridade de saúde local. A ligação ocorre de forma automática e fornece aos leitores as informações mais recentes, explica ainda o fundador da plataforma digital. Caso os usuários vivam num país onde foram confirmados casos de contágio, a plataforma passa a enviar para os seus feeds notícias com atualizações sobre os infectados. A empresa pretende também remover todas as alegações e teorias falsas sobre o tema dos seus conteúdos. Para tal, o Facebook está sendo ajudado por especialistas de saúde e deverá também dar apoio a outras organizações mundiais.