tecnologia

Indústria lança tecido mais eficaz

Uma indústria têxtil campineira, a Tecidos Fiama, desenvolveu um tecido com acabamento em alta performance que inibe a proliferação de bactérias

Daniel de Camargo
09/04/2020 às 07:55.
Atualizado em 29/03/2022 às 16:36

Uma indústria têxtil campineira, a Tecidos Fiama, desenvolveu um tecido com acabamento em alta performance que inibe a proliferação de bactérias, fungos e também contém propriedades de repelência à água, sendo apontado, por seu fabricante, como ideal para a produção de máscaras, aventais e toucas de uso doméstico para prevenir a contaminação pela Covid-19. Com um parque fabril com cerca de 10 mil metros quadrados, que abriga também uma loja própria, instalada na Rua Amância Cesarino, no Parque Industrial, o empresário José Omati frisa que o aparato tecnológico da empresa e a experiência de quase 60 anos no mercado possibilitaram a criação desse produto. Com aproximadamente 200 colaboradores, estima a capacidade produtiva em 300 mil metros por mês do tecido Protect (proteger, em tradução livre), como foi nomeado. Há disponibilidade do tecido nas cores azul, bege, branco, rosa e verde. Omati detalha que a venda é feita no atacado para lojas, revendas e indústrias, mas também no varejo. Para produzir cerca de 1 mil máscaras, calcula ser necessário perto de 50 metros de tecido. Sobre a composição do material, especifica possuir fios de algodão e poliéster em sua construção. O diferencial fica na aplicação do acabamento, que impede a saída ou entrada de pequenas gotículas de água na parte protegida. As máscaras são geralmente feitas em dupla face. Desse modo, acredita ele, a proteção é ampliada. O empresário comenta que, por desespero ou escassez de produtos mais indicados, a população tem utilizado ou confeccionado máscaras com qualquer tipo de tecido. O seu produto, assegura, promove muito mais segurança. Além disso, não é descartável. “Dura, no mínimo, 30 lavagens. Assim sendo, uma máscara pode ser utilizada por, pelo menos, um mês”, esclarece. Ela garante ainda que o tecido não mancha ou fica com marcas de bolor. No seu desenvolvimento, que se deu a partir de outros produtos da empresa, foi atestada a não ocorrência de problemas a partir do contato com a pele. “Não resulta em alergias ou nada similar”, enfatizou. Contudo, frisou que o produto não é homologado para uso em hospitais. Omati destaca que o Ministério da Saúde e epidemiologistas já aconselharam a utilização de máscaras por aqueles que precisarem sair de suas casas no período de quarentena. “Nosso intuito com esse tecido é ajudar as pessoas a se protegerem”, ressaltou. “Essa pandemia precisa ser encarada de forma séria: é momento de se resguardar, de zelar pela saúde. A população precisa respeitar o isolamento social para que a doença cesse. Então, poderemos gradativamente retornar à normalidade”, finalizou.

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