cronograma

Início de obras do TIC fica para 2021

O início da construção do Trem Intercidades (TIC) para ligar, na primeira fase, Campinas a São Paulo, ficará para 2021, segundo cronograma anunciado

Maria Teresa Costa
01/11/2019 às 07:21.
Atualizado em 30/03/2022 às 13:48

O início da construção do Trem Intercidades (TIC) para ligar, na primeira fase, Campinas a São Paulo, ficará para 2021, segundo cronograma anunciado pelo governador do Estado. O edital de concessão, que abrangerá o TIC e a linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), será lançado, segundo previsão do governo, em junho de 2020. Os dois serviços serão concedidos em conjunto, porque compartilharão parte das vias e estações, o que tornará a concessão mais atraente, porque quase meio milhão de pessoas usam a linha 7 diariamente entre São Paulo e Jundiaí. O governo trabalha para ter, na concessão, uma previsão em contrato para que o futuro concessionário possa optar pela extensão do traçado até o Aeroporto Internacional de Viracopos em um horizonte de médio prazo, estabelecendo gatilhos de demanda de passageiros para a viabilização da extensão. O eixo Campinas a São Paulo, segundo o governo, concentra 74% do PIB estadual e 40% da população paulista. O projeto será viabilizado por parceria público-privada (PPP) que incluirá a implantação do TIC e a operação, manutenção e conservação da Linha 7-Rubi. O governo estuda trocar o trecho da Linha 7 por um serviço metropolitano entre Francisco Morato e Campinas, com paradas em Louveira, Vinhedo, Valinhos e Jundiaí. Com isso, haveria um trem expresso entre Campinas, Jundiaí e São Paulo e outro parador, incluindo Louveira, Vinhedo e Valinhos. Doria planeja concluir até dezembro deste ano o modelo financeiro que deverá definir estes serviços. Segundo o cronograma do governo, as audiências e consultas públicas ocorrerão ate março de 2020, com publicação do edital em junho e assinatura dos contratos em 2021. Haverá um período de transição da linha da CPTM até a concessão, e para o TIC serão necessárias intervenções e obras nos trilhos entre Jundiaí e Campinas concedidos pelo governo federal e por onde passam os trens de cargas. O Trem Intercidades prevê viagens expressas com paradas de 50km ou 200km. Os trens deverão ainda ter ar-condicionado, wi-fi, serviço de bordo e velocidade acima de 120 km/h. A concessão terá prazo de 30 anos e deve investir cerca de R$ 7 bilhões que incluem melhorias na Linha 7-Rubi. Nos cálculos do governo, a viagem de cerca de 100 km entre Campinas e a estação Barra Funda levará uma hora, já a ligação entre Jundiaí e a capital paulista pelo Trem Expresso deverá levar apenas 30 minutos, bem mais veloz do que utilizar a linha da CPTM atualmente. Mas antes de colocar o projeto na rua, o governo do Estado ainda precisa viabilizar o compartilhamento do domínio das faixas, já que o intercidades passará por linhas férreas sob concessão federal. O ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, garantiu, em abril, que o governo federal vai impor, entre as condicionantes para prorrogar a concessão ferroviária da Rumo Logística, a liberação da faixa de domínio da ferrovia, entre Americana e São Paulo, para implantar o Trem Intercidades. O governo e a Rumo estão negociando a renovação antecipada da malha paulista, trecho ferroviário que opera no Interior de São Paulo. Segundo o ministro, essa é uma grande oportunidade para viabilizar o TIC porque a administração pública precisa anuir à prorrogação, o que dá ao governo certo poder de barganha. Projeto deixa ligação até Americana para depois O projeto original de implantação do Trem Intercidades sofreu uma alteração importante e a prioridade será ligar São Paulo a Campinas, deixando a extensão até Americana para uma segunda. As dificuldades para o uso da malha operada pela Rumo Logística no trecho até Americana, que tem grande densidade de cargas, e torna o compartilhamento inviável com trem de passageiros, poderiam inviabilizar todo o projeto. O uso compartilhado entre trens de carga e de passageiros na ferrovia entre Jundiaí e Campinas não enfrentará problemas, porque a Rumo já assinou um termo de compromisso com o governo do Estado, quanto à utilização do trecho. É uma ligação que tem maior vocação para o transporte de passageiros, por ser contíguo ao trecho da CPTM e também por ter o maior contingente populacional. Segundo a concessionária, esse trecho tem pequeno tráfego de cargas e pode ser compartilhado.

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