Jonas espera por resposta de Doria

O prefeito Jonas Donizette (PSB) disse esperar que o governador João Doria (PSDB) autorize hoje Campinas a implantar o plano de flexibilização da quarentena a partir de segunda-feira, mas a possibilidade de isso ocorrer é pequena. O governo do Estado classificou as áreas metropolitanas de São Paulo, Campinas e Baixada Santista como zona vermelha — onde há maior risco de avanço da pandemia, baixa taxa de isolamento e grande parte da população no grupo de risco. “É improvável que haja flexibilização, mas o comitê de especialistas e a ciência decidirão”, disse o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi. O prefeito afirmou que defende a autonomia do município para decidir, que fez um plano de retomada das atividades com responsabilidade, mas irá seguir o que o governo do Estado determinar. “Não há divergência. Tenho em mente que os dados de Campinas hoje nos permitiriam seguir a primeira fase do plano. Se a decisão for contrária, vamos acatar e continuar trabalhando”, disse. O plano de flexibilização inclui na primeira fase o funcionamento de academias, mas com atendimento individual e limpeza de equipamentos entre os usos. Jonas disse que é possível que não sejam autorizadas a iniciar as atividades na primeira. Ele recebeu indicações do comitê estadual de enfrentamento ao coronavírus de que não seria adequado flexibilizar para academias na primeira fase. Jonas afirmou, no entanto, que elas só não entrarão se receber decisão formal do governo do Estado. Caso contrário, o plano municipal será mantido. Durante a manhã, o secretário de Relações Institucionais, Wanderley Almeida, se reuniu com representantes do setor, para discutir essa possibilidade de não incluir a abertura na primeira fase. O secretário de Saúde, Carmino de Souza, está em contato com o comitê estadual, para definir se elas serão autorizadas a iniciar as atividades, dentro das regras estabelecidas pelo Município. A divulgação do plano de flexibilização, segundo Jonas, reduziu a pressão para o afrouxamento da quarentena. Há duas semanas, disse, a pressão era maior, mas com o programa apresentado, as pessoas passaram a ter uma noção. “O que me deixa contrariado é que tem gente furando a quarentena, por mais que a gente fiscalize”, afirmou. Jonas disse que foi às regiões do Campo Grande e Ouro Verde ontem e que viu bastante movimento, mas não da forma como as pessoas estão falando. “Lá tem muitas borracharias e serviços essenciais que estão funcionando. Vi loja aberta, com manequins na frente, mas atendendo pelo WhatsApp, ou seja, as pessoas estão tentando se enquadrar dentro das características que vivemos”, afirmou.