POR UM ANO

Leilão do trem-bala é adiado, mas projeto continua

Previsão é de colocar o TAV, que fará a ligação de Campinas e Rio Janeiro, em operação até 2020

Agência Estado
correiopontocom@rac.com.br
12/08/2013 às 19:53.
Atualizado em 25/04/2022 às 05:40

Empresas que poderiam participar do leilão pediram mais prazo ( Cedoc/RAC)

O ministro dos Transportes, César Borges, declarou que o adiamento do leilão para escolher a operadora e a tecnologia do trem de alta velocidade (TAV), o trem-bala, não interrompe outros processos. "O projeto terá continuidade com a elaboração de estudos que estão sendo contratados pela EPL. Estamos na fase de definição da empresa que será a gerenciadora do projeto executivo. Isso vai continuar em curso", afirmou a jornalistas nesta segunda-feira (12). "Várias empresas devem ser contratadas para executar parcelas do projeto executivo." O governo manteve a previsão de colocar o TAV, que fará a ligação de Campinas, São Paulo e Rio Janeiro, em operação até 2020. O prazo para a licitação da construção do trem-bala continua no fim de 2014. A licitação para seleção da tecnologia e da operadora será adiada por, pelo menos, um ano. O ministro admite que possam haver alterações no edital da licitação que vai escolher a operadora e a tecnologia do TAV. "Com o adiamento, pode haver mudanças no edital, mas não há solicitações nesse sentido." Borges afirmou que é possível que a licitação fique para depois das eleições de 2014. O presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, disse que a licitação não envolve recursos públicos, mas pagamento de outorga pelos interessados. Portanto, não haveria problemas em fazer o leilão às vésperas da votação. "Mas isso também será avaliado", observou Figueiredo. Franceses Com o adiamento em pelo menos um ano do leilão do TAV, o presidente da EPL reconheceu que existe o risco de os franceses desistirem do projeto. O consórcio francês era o único confirmado para o certame marcado para 19 de setembro. "Mas essa desistência não é esperada." Figueiredo contou que nenhum grupo solicitou alterações nas condições do edital. Mas espanhóis e alemães pediram mais tempo para comporem seus consórcios. "Ao contrário das tentativas anteriores, não estamos adiando porque o projeto não é atrativo, mas porque mais empresas querem participar e precisam de prazo", argumentou. Ele usou como exemplo a alemã Siemens, que a princípio não iria participar da disputa, mas mudou de ideia. "A Siemens não é investidora, por isso pediu mais prazo para conseguir levantar o capital necessário com grupos investidores", completou. Foram os alemães que pediram pelo menos mais um ano de prazo. Se por um lado há risco de o franceses saírem da disputa com a postergação Figueiredo considerou que, em contrapartida, japoneses e coreanos podem voltar à concorrência. Segundo ele, a indefinição sobre a tecnologia do trem que trafegará na linha não prejudica o cronograma de elaboração do projeto-executivo do empreendimento. "Os estudos para o projeto continuam porque a interferência da tecnologia escolhida não é muito significativa. Além disso, é conveniente que tenhamos linha capaz de operar com qualquer tecnologia", acrescentou. O ministro dos Transportes frisou ainda que adiamento do leilão não tem relação com denúncias de cartel em licitações de metrôs de São Paulo e Distrito Federal, envolvendo empresas diretamente relacionadas com a disputa pelo TAV. Figueiredo completou que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que investiga o caso, não colocou qualquer impedimento para a concessão do trem-bala. Veja também Trem-bala deve ter decisão na próxima semana, diz EPL Decisão sobre um eventual adiamento do leilão do TAV deve ser tomada apenas na próxima semana

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Anuncie
(19) 3736-3085
comercial@rac.com.br
Fale Conosco
(19) 3772-8000
Central do Assinante
(19) 3736-3200
WhatsApp
(19) 9 9998-9902
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por