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O músico Nelson Fidélis, mais conhecido como Nelsinho, faleceu nesta segunda-feira, 23 de junho, aos 82 anos. Ícone do samba de Campinas, Nelsinho construiu, com muita dedicação e talento, um legado que transcende gerações. Nascido na Rua da Abolição, em 1943, iniciou sua trajetória musical ainda jovem, confeccionando artesanalmente seus primeiros instrumentos, como o cavaquinho e o violão. Com o tempo, tornou-se uma das principais referências do samba na cidade.
Sua história foi imortalizada no livro “A Velha Arte de Nelson Fidélis – O nosso samba em sua voz”, da socióloga Erotides Loyola, lançado em 2013. No ano seguinte, o músico foi agraciado com a primeira edição do diploma Noel Rosa, concedido pela Câmara de Vereadores de Campinas, em reconhecimento à sua inestimável contribuição para a música popular. Mais recentemente, em 2025, Nelsinho foi homenageado pelo bloco carnavalesco “Nem sangue, nem areia”, em uma justa celebração de sua importância no cenário do samba local.
Em entrevista concedida ao Correio Popular, o artista exaltou as amizades feitas ao longo da vida e a sua conexão com o samba:
“As amigas e os amigos do samba, eu, Nelsinho Fidélis, 82 anos de idade, dos quais comecei por volta de 16, 17 anos... portanto, mais de 60 anos de samba... tive um momento de alegria inesquecível e conheci pessoas como vocês, que só ajudaram a melhorar o meu estado de espírito no samba. Portanto, eu não deixo o samba. Temporalmente eu estou fora... mas, mais uma vez, agradecendo às amigas, aos amigos... e a todo mundo. Muito obrigado... e viva o samba!”
