Uma investigação que durava mais de dois meses levou policiais civis do 12º Distrito (Sousas) a identificar e prender parte de uma quadrilha especializada em sequestros-relâmpago, formada por pelo menos 12 homens. A quadrilha vinha agindo principalmente próximo das margens da rodovia Dom Pedro I (SP-065), na alça de acesso ao distrito de Sousas, atacando, principalmente, mulheres sozinhas em veículos e, eventualmente, casais.Nesta quarta-feira, 5, o delegado José Roberto Rocha Soares, titular do 12 º Distrito e chefe das investigações, confirmou que a Polícia Civil cumpriu mais duas prorrogações de prisões temporárias de suspeitos, chegando com isso a dez homens presos. Quatro acusados ainda não foram identificados e a polícia trabalha nisso. “Queremos avisar a população que, naquela região, ladrões não terão vez”, garantiu o delegado.
O policiamento na citada área foi intensificado desde o dia 16 de março, após uma médica ter sido mantida refém em seu carro, enquanto os bandidos faziam saques em bancos utilizando o cartão da vítima. As investigações constataram que, em cerca de dois meses, pelo menos outros sete roubos semelhantes ocorreram na região, envolvendo suspeitos com as mesmas características que os suspeitos presos.
Pela quantidade de suspeitos identificados e presos, a polícia acredita que os criminosos se revezavam nos roubos, com o objetivo de dificultar eventuais reconhecimentos. Não está descartada a hipótese de que parte da quadrilha agisse até há mais de dois anos na área.
Os homens já identificados e presos, ao menos temporariamente, têm entre 18 e 23 anos e moram em Campinas, nas regiões dos Jardins San Diego e Nova Mercedes, situados perto do Aeroporto Internacional de Viracopos e às margens da rodovia Santos Dumont (SP-075). As investigações levam também a outros quatro suspeitos que moram numa cidade vizinha a Campinas.
Os policiais civis do 12º Distrito revelaram que as investigações estão adiantadas, com a identificação de 12 integrantes da organização criminosa e 10 com prisões decretadas, entre preventivas e temporárias. Ontem, além de prisões temporárias prorrogadas, a polícia enviou à perícia alguns objetos, como celulares e máquinas de cartão, para serem analisados, pois, segundo a polícia, certamente trarão dados que podem levar à identificação e prisão de outros integrantes da quadrilha.
Outra modalidade
Não muito distante da área onde os policiais do 12º DP investigam os casos de sequestros-relâmpago, a polícia foi comunicada de outra modalidade de crime, a princípio, envolvendo um único suspeito.
Na última segunda-feira, um artista plástico, de 63 anos, que dirigia um Jepp Compass, teve o carro atingido por uma pedra jogada por um suspeito que estava escondido entre árvores do canteiro central. O ataque, que o motorista acredita que acabaria em roubo caso ele parasse, aconteceu depois que ele saiu da rodovia D. Pedro I para acessar as avenidas Moraes Sales e Heitor Penteado
Segundo a vítima, que teve a porta do carro danificada, o ataque foi na altura da Vila Brandina, área do 13º Distrito (Cambuí). A vítima não parou, comunicou a Polícia Militar e fez o alerta para evitar que outras pessoas passem pela mesma situação.