brigas de torcidas

Polícia deflagra operação Cartão Amarelo

O foco da ação era a localização de provas contra três suspeitos de agredirem um torcedor bugrino de 26 anos, na primeira quinzena de maio deste ano

Alenita Ramirez
26/09/2019 às 18:00.
Atualizado em 30/03/2022 às 15:35

A Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (26), a operação Cartão Amarelo de combate a brigas de torcidas organizadas ocorridas nos últimos tempos em Campinas. O foco da ação era a localização de provas contra três suspeitos de agredirem um torcedor bugrino de 26 anos, na primeira quinzena de maio deste ano. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em quatro sedes de torcidas organizadas e em quatro residências de torcedores. Duas pessoas foram detidas por porte de entorpecentes e um rojão foi apreendido na sede da Torcida Jovem da Ponte Preta. Os suspeitos do crime não foram localizados, já que mudaram de endereço. A operação foi comandada pelo 10º Distrito Policial (DP), com apoio do 13º DP, do Garra, da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), do Setor de Inteligência do Departamento de Polícia Judiciária São Paulo Interior 2 (Deinter 2), além da Guarda Municipal (GM). No dia 13 de maio, um torcedor bugrino de 26 anos foi ferido com dois tiros a queima roupa e uma machadada na cabeça por torcedores ponte-pretanos, após a vitória do Bugre sobre o Vitória pelo Campeonato Brasileiro da Série B. A confusão aconteceu a cerca de 1 km do Estádio Brinco de Ouro. O confronto aconteceu em dois momentos: em um ponto de ônibus na Rua Uruguaiana e em frente a uma padaria, na Rua Padre Vieira. O jovem foi socorrido e levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Mário Gatti, onde ficou internado e quando recebeu alta, no momento em que passou pela perícia do Instituto Médico Legal (IML), o médico-legista constatou que o torcedor estava com os dois braços quebrados. Na época, foi instaurado inquérito no 10º DP para apurar tentativa de homicídio por motivo fútil, associação criminosa por milícia e violação ao estatuto do torcedor. Os policiais conseguiram identificar três agressores, sendo um deles menor de idade. O inquérito foi concluído em junho e na ocasião solicitada a prisão temporária dos maiores de idade e apreensão do adolescente, mas a Justiça negou os pedidos. O inquérito foi relatado, com pedido de prisão preventiva e na semana passada, a justiça autorizou apenas as buscas e apreensões nas casas e nas sedes. “A vítima fingiu de morta para sobreviver e mesmo desfalecida, conseguiu visualizar quando um suspeito atirou por duas vezes”, contou o investigador-chefe, Marcelo Hayashi. Os mandados foram cumpridos na sede nas torcidas Jovem Amor Maior, Ponterror, Serponte, Fúria Independente além de residências na Vila Lemos, Jardim Tamoio e Jardim Novo Campos Elíseos e uma residência em Hortolândia. Nas sedes das torcidas organizadas Jovem Amor Maior e Ponterror, foram encontrados porções de drogas e duas pessoas foram detidas e liberadas após prestarem depoimentos. O rojão e dois documentos estudantil foram achados na sede da torcida Jovem Amor Maior. “Continuamos acompanhando os crimes praticados pelas torcidas organizadas, bem como apuramos envolvimento dos times no financiamento dessas associações criminosas que investigamos”, disse o investigador-chefe.

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