mobilidade urbana

Prefeitura prorroga o prazo das obras do BRT

Terceirizada terá mais seis meses para concluir Corredor Ouro Verde

Henrique Hein
29/10/2020 às 08:17.
Atualizado em 27/03/2022 às 19:16
Operários e maquinário trabalham em trecho não concluído do Corredor Ouro Verde: empresa responsável ganha fôlego para a finalização de todas as obras (Wagner Souza/AAN)

Operários e maquinário trabalham em trecho não concluído do Corredor Ouro Verde: empresa responsável ganha fôlego para a finalização de todas as obras (Wagner Souza/AAN)

A Prefeitura de Campinas autorizou no começo dessa semana a prorrogação do prazo das obras do BRT por mais seis meses. A decisão foi publicada no Diário Oficial da última segunda-feira e se refere à execução das obras do Termo de Contrato nº 18/17, firmado entre o Município e a empresa Compec Galasso Engenharia e Construções Ltda. As obras começaram em 2018, têm custo de R$ 451,5 milhões e vão beneficiar 450 mil pessoas. A terceirizada é a responsável pela elaboração do projeto executivo e implantação de obras do Corredor Ouro Verde. A prorrogação da entrega visa adequar o prazo necessário para que a empresa consiga finalizar a construção dos respectivos trechos e, com isso, conclua todas as etapas relativas ao encerramento do contrato firmado com a Prefeitura. Apesar do novo prazo estipulado, a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) acredita que as obras do BRT ficarão prontas ainda em 2020. A companhia, no entanto, ressaltou que mesmo que isso aconteça ainda não há um prazo definido para os veículos do sistema começassem a funcionar. Segundo a Emdec, a operação efetiva dos corredores, com os novos ônibus padrão BRT, ainda depende da licitação do sistema de transporte público coletivo, que há meses aguarda uma decisão judicial para ser concluída. No final do ano passado, a Justiça obrigou o município a fazer uma divulgação do conteúdo da licitação para que houvesse ampla participação popular e do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte na discussão das metas a serem atingidas pelas empresas em temas como: política tarifária, gestão do sistema de compensação de receitas do sistema de bilhetagem única, acessibilidade e gestão do sistema de compensação de receitas. O documento com todas essas reivindicações atendidas foi enviado pela Emdec à Justiça no começo do ano, mas, por enquanto, ainda não há autorização para que a companhia avence com a licitação. Adiamentos Apesar do otimismo da Emdec, vale lembrar que a entrega do BRT em Campinas estava inicialmente prevista para acontecer em junho deste ano. A promessa foi adiada para setembro por causa da pandemia e, posteriormente, para dezembro. Ao todo, a obra envolve a construção de três corredores exclusivos de ônibus: Campo Grande, Ouro Verde e Perimetral. Serão 36,6 quilômetros de corredores, 18 pontes e viadutos, 37 estações, além de seis terminais. O Corredor Campo Grande terá 17,9km de extensão, saindo da região central, ao lado do Terminal Mercado, seguindo pela Avenida John Boyd Dunlop, passando pelo Terminal Campo Grande até chegar ao Terminal Itajaí. Já o Corredor Ouro Verde possuirá 14,6km de extensão. Os ônibus sairão da região Central em direção às avenidas João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodriguez e Vila Aurocan até chegarem ao Terminal Vida Nova. Entre os dois corredores, haverá o Corredor Perimetral, que terá 4,1km de extensão e será responsável por ligar a Vila Aurocan até o Jardim Campos Elíseos, seguindo pelo leito desativado do VLT.

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