Quatro torres vão filtrar ar no Centro

Quatro torres de filtragem de ar, que removem partículas finas e gases nocivos para o sistema respiratório, como dióxido de carbono, serão instaladas na Praça Dom Pedro II, no Centro, em Indaiatuba, região do município com grande concentração de ônibus e circulação de pessoas. Inédita no Brasil, a tecnologia foi desenvolvida pelo Grupo Mann+Hummel e implantada pela primeira vez há dois anos na Alemanha, país sede da corporação. Posteriormente, a inovação foi instalada também em cidades da China, Coreia do Sul, França e Índia.  No início da tarde de ontem, uma torre modelo com cerca de 3 metros de altura foi inaugurada em frente à fábrica da empresa, na Alameda Filtros Mann, no Jardim Tropical. Diretor executivo da companhia, o belga Bert Kempeneers ressaltou que muitas cidades ao redor do mundo estão atentas às altas concentrações de poluição causadas pelas partículas finas em suspensão no ar. A intenção, frisa, é limpar o ar e assim proporcionar uma melhor qualidade de vida para a população. As torres da região central de Indaiatuba devem ser instaladas próximas a pontos de ônibus logo depois do Carnaval. O equipamento pode ser utilizado em ambientes externos ou internos, como terminais rodoviários ou estações de metrô. As torres funcionarão no local por seis meses para testes e avaliações, entre simulação e dados reais, nos mesmos moldes realizados pela matriz, na cidade de Stuttgart, na Alemanha. Nesse período, as informações coletadas serão analisadas no laboratório da empresa em conjunto com pesquisadores do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), que apoiam o projeto e usarão as referências para um estudo vinculado à universidade. Depois dos experimentos, as torres poderão ser adquiridas pela Administração Municipal ou mantidas no local e até ampliadas para outras regiões de Indaiatuba por meio de parcerias. Em seguida, mas ainda sem um cronograma divulgado, o projeto também será levado para outras cidades e regiões metropolitanas, como São Paulo. Para que o sistema de filtragem seja eficiente, a área a ser filtrada é analisada por equipamentos de medição de poluentes em conjunto com um software. Deste mondo, é determinada a quantidade de torres necessária e a distância entre elas para atingir a expectativa de redução dos poluentes no ar. A manutenção dos equipamentos requer a troca dos filtros para partículas finas uma vez ao ano e dos filtros para dióxido de carbono (CO2), a cada três meses. A Mann+Hummel comercializa o equipamento por aproximadamente R$ 90 mil. O produto, já disponível para venda, é destinado a órgãos públicos e também para o consumidor comum. As torres podem ser implantadas em condomínios, por exemplo. Na Alemanha e na Índia, os equipamentos são usados próximos a playgrounds para deixar o ar puro para as crianças.