O estado precário do pontilhão que interliga a Avenida José de Souza Campos à Avenida Júlio Prestes, no sentido Cambuí-Taquaral, preocupa
O estado precário do pontilhão que interliga a Avenida José de Souza Campos (Via Norte-Sul) à Avenida Júlio Prestes, no sentido Cambuí-Taquaral, preocupa motoristas que acessam a região. A estrutura de concreto do pontilhão e suas vigas apresentam sinais de desgaste e corrosão e os pilares mostram rachaduras na lateral. A situação é preocupante porque o movimento de 70 mil veículos por dia útil nos dois sentidos das vias é intenso, afinal, o trecho interliga dois bairros tradicionais (Cambuí e Taquaral) que abrigam um centro comercial, clínicas médicas, prestadores de serviços, instituições de ensino e áreas residenciais populosas. A via é acesso também para as rodovias Dom Pedro I (SP-65) e Doutor Adhemar Pereira de Barros (SP-340). A reportagem do Correio foi ao local, depois da denúncia de leitores. Maria de Fátima Sanches, farmacêutica que reside na região, disse que o pontilhão está com aparência de degradação e que o concreto parece estar se desfazendo. “Passo sempre pelo local e fico até com medo de passar. Estou buscando outros caminhos. Mesmo não sendo engenheira, dá para perceber que está complicado”, afirmou. Outro morador da região, o advogado José Salomão Fernandes, disse que percebeu as rachaduras próximas das vigas e que pedaços de concreto já caíram. “É muito perigoso porque passam muitos veículos na parte de cima ligando a Via Norte-Sul ao bairro Taquaral e outros veículos por baixo do pontilhão, que acessam a região da Rua Moscou”, disse. “O pior é que tem muito veículo pesado que acessa as rodovias”, afirmou. O motorista Jorge Antunes, que estava parado no trânsito ontem, disse que é um absurdo não haver uma manutenção em uma via tão movimentada. “Ninguém percebe direito porque passa rápido pelo local. É um risco que as pessoas estão enfrentando e, caso ocorra algum desabamento, muitas vidas poderão ser tiradas. Algo tem que ser feito”, reclamou. Moisés Ramos de Almeida, técnico em informática, que também ficou parado ontem no trânsito da via, destacou o elevado risco de acidentes. “Em São Paulo já houve um problema de falta de manutenção na marginal Pinheiros e só não foi trágico porque era feriado e foi na madrugada, com pouco movimento”, lembrou. “Foi um aviso aos engenheiros para haver manutenção, inclusive aqui em Campinas”, alertou. As estruturas do viaduto que interliga os dois bairros no sentido Taquaral-Cambuí estão em melhores condições e não apresentam sinais de degradação ou rachaduras. A reportagem constatou apenas o surgimento de vegetação nos vãos das vigas e foi identificado um vazamento de água no meio da estrutura, na região próxima ao Sindicato dos Contabilistas. A assessoria de Comunicação da Prefeitura, por meio de nota, informou que “a Secretaria de Infraestrutura irá enviar um engenheiro esta semana para fazer vistoria no viaduto, avaliar a situação e quais serão as providências necessárias”.