Com a mudança, sem ainda ter sido liberado pela legenda pela qual foi eleito deputado estadual, Rafa corre o risco de perder o mandato
O deputado estadual Rafa Zimbaldi anunciou esta manhã que deixou o PSB e se filiou ao PL porque sua permanência no partido do prefeito Jonas Donizette se tornou insustentável. Com a mudança, sem ainda ter sido liberado pela legenda pela qual foi eleito deputado estadual, Rafa corre o risco de perder o mandato, uma vez que a janela partidária que permite a troca de partido sem punição, vale apenas para quem vai concorrer a vereador em outubro. Rafa deverá ser o pré-candidato a prefeito na nova legenda, mas nem o deputado e nem o PL confirmaram. A legislação eleitoral define que, quem vai concorrer em outubro tem que estar filiado a um partido até amanhã, por isso Rafa trocou de legenda hoje. O deputado não atendeu o Correio. Em nota, disse que a “saída do PSB se deu em virtude dos episódios recentes retratados pela imprensa”, que tornaram insustentável sua presença naquela agremiação. O Correio entrou em contato com as executivas estadual e nacional do partido. A executiva estadual informou que está trabalhando para viabilizar a liberação de Rafa. Os atritos de Rafa com o PSB de Campinas começaram no ano passado, quando a executiva local expulsou o então suplente de deputado federal Luiz Lauro viabilizando seu ingresso no PSDB para assumir temporariamente como deputado, após licença de um parlamentar tucano. Rafa denunciou o procedimento como um conchavo porque a executiva municipal não tinha prerrogativa para expulsar Luiz Lauro, já que ele integra o diretório estadual. Atendendo petição encaminhada por ele, PSB estadual suspendeu a expulsão e a executiva nacional ingressou com ação para perda de mandato no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O processo está com o ministro Edson Fachin. A expulsão de Luiz Lauro colocou Rafa Zimbaldi, até então pré-candidato a prefeito pela legenda, em rota de colisão com o prefeito Jonas Donizette. Isso porque a saída de Luiz Lauro teria ocorrido após manobra do chefe do Executivo de Campinas envolvendo o governador de São Paulo, João Doria, de expulsão do PSB e filiação do seu sobrinho, Luiz Lauro Filho, no PSDB, para ter força na bancada tucana na escolha do novo líder do partido na Câmara dos Deputados.