comoção

Solidariedade faz a alegria de Gabriel

Alimentos, produtos de higiene, roupas, calçados e o tão sonhado carrinho de controle remoto foram presenteados ao pequeno Gabriel

Alenita Ramirez
08/11/2018 às 07:59.
Atualizado em 05/04/2022 às 21:18

Mais uma vez, os leitores se comoveram com as reportagens publicadas pelo Correio Popular e foram solidários. O drama do pedreiro desempregado Aldeci Silva do Nascimento, de 45 anos, que mora com o filho, Gabriel, de 7 anos, em uma pequena casa com paredes de tapume e coberta com telha de amianto, tocou o coração de dezenas de pessoas. Alimentos, produtos de higiene, roupas, calçados e o tão sonhado carrinho de controle remoto foram presenteados ao pequeno Gabriel. “Quando soube que essa criança não tinha nem brinquedo me comovi. Não consegui dormir. Meu filho tem tudo. Essa criança não. Até deixei de ir a um churrasco de aniversário para ajudá-lo. O churrasco não era essencial. É triste saber que tem gente que não tem nem o que comer”, disse a professora Solange Moreno, de 36 anos, que divulgou em seu grupo de WhatsApp da escola a história de pai e filho contada pela jornal. “Fizemos uma arrecadação. Cada um ajudou com um pouco”, falou. Uma boa parte das doações dos leitores foi entregue na sede do Correio Popular. Ontem, com o carro lotado, a reportagem foi conferir a alegria solidária se espalhar pela casa humilde no Jardim Campituba, na região do Campo Belo, em Campinas. Aldeci e Gabriel vivem uma relação de extremo afeto. O pedreiro criou o filho sozinho, desde quando o menino tinha seis meses de vida. A mãe foi embora, após dar bebida alcoólica para o filho. Esse fato entristece o pequeno, mas, mesmo assim, ele não deixa de citar o ocorrido. Como Aldeci não tinha com quem deixar o menino, ele o levava para o trabalho. A criança ficava no carrinho, sempre a sua vista. O pai levava fraldas, mamadeiras e olhava o filho o tempo todo. Gabriel cresceu assim, e até hoje acompanha o pai quando volta da escola. “Sempre estamos juntos. Não largo o Gabriel para nada”, disse Aldeci, que sonha com a profissão de engenheiro civil para o pequeno Gabriel. A corrente solidária foi formada até por estudantes de Jornalismo da Unip. O professor Roni Muraoka estabeleceu que a participação dos alunos em doação de alimentos, brinquedos ou qualquer outro item contará pontos como atividades complementares. “Vamos fazer a diferença na vida dessas pessoas!”, citou Muraoka em mensagem enviada aos alunos, via WhatsApp. “Eu achava que ia ganhar apenas uma cesta básica, mas vieram tantas coisas. Fico muito contente. Muita gente nos ajudou. Agora consigo sorrir, mesmo sem dentes”, disse Aldeci, referindo-se ao fato de que antes não sorria porque tinha vergonha de mostrar a boca banguela. Aldeci é analfabeto e aprendeu a trabalhar com obras para ganhar o sustento. Está desempregado e vive de bicos. O sonho dele é conseguir um emprego fixo, colocar o filho em uma escola de período integral e também poder pagar um curso de música para Gabriel. Para si próprio, Aldeci sonha apenas com um tratamento dentário para dar sorrisos ainda mais largos. PARA AJUDAR Quem estiver interessado em colaborar com a felicidade de Gabriel e Aldeci, pode entrar em contato com eles pelo telefone (19) 98828-4526.

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