Temperatura deve despencar até 8ºC nos próximos dias na região de Campinas

A população da Região Metropolitana de Campinas (RMC) vai ter que tirar o casaco do armário novamente nesta semana. Após registrar o julho mais quente dos últimos 30 anos, o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) informou que as temperaturas mínimas podem chegar a 8ºC. As chuvas estão previstas para terminar amanhã, mas serão acompanhadas de rajadas de ventos.

A RMC vai permanecer sob céu encoberto e chuvas leves, que estão ocorrendo desde a madrugada de segunda-feira. As condições de tempo ao longo da semana são formadas pelo processo de formação de um sistema de baixa pressão - um ciclone extratropical, entre Santa Catarina e Paraná, até amanhã, e nos dias seguintes pela influência do ar frio que chega à região após a passagem da frente fria.

Já na quarta-feira, os ventos assumem direção de oeste e intensidade forte, com velocidades médias em torno de 35 km/h até 60 km/h e podem causar alguns transtornos. "O que estamos tendo é o processo de formação de um sistema de baixa formação entre o Sul e São Paulo. Isso dá convergência de umidade, o que promove condições mais propícias para a formação de nuvens carregadas. Isso deve persistir até quarta-feira, quando o sistema de baixa convergência vai se deslocar até a costa do Estado", explicou o meteorologista do Cepagri Bruno Bayne. A quinta-feira segue com ventos de intensidade de moderada a forte. "Vai ser um frio igual tivemos no final de julho. Foi intenso, acentuado, mas que foi por um curto período de tempo", completou o meteorologista.

Por conta da possibilidade de mudança da temperatura, a Prefeitura informou que mantém a ampliação da Operação Inverno, que aumentou de 120 para 200 os leitos de acolhimento. O SOS Rua realiza abordagens na cidade das 8h à 0h - fora da operação inverno é das 8h às 22h.

Trabalhadora da Rua 13 de Maio, no Centro de Campinas, Esther Aparecida saiu de casa completamente agasalhada na segunda-feira (8). Ela contou que costuma sentir calor ao longo do dia, até porque seu trabalho exige que ela fique se movimentando na via, mas que preferiu ser precavida e levar o agasalho junto, principalmente por conta do medo de chover e esfriar ainda mais. "Achei melhor trazer o agasalho, porque se continuasse chovendo, vai esfriando cada vez mais e acho melhor me prevenir do que trabalhar tremendo aqui. Desse jeito não consigo abordar os clientes do restaurante", brincou.

A estudante Marta Poliana, de 15 anos, disse que apesar do sol, estava sentindo bastante frio, inclusive tinha errado na escolha da calça. "Eu sai de casa com uma calça mais fina e sei que já sinto muito frio. Então estou tremendo agora. Mas a blusa e a touca eu garanti, porque sei que não gosto mesmo de passar frio. Prefiro sair com bastante roupa", disse.

A mãe de Marta, Mariana Maria da Silva, de 34 anos, disse que não é tão friorenta como a filha, mas também não quis arriscar e preferiu sair agasalhada. "Não sou como minha filha, mas também coloquei uma blusa para me garantir. Ninguém merece sair na rua e ficar fugindo de chuva e frio porque não se agasalhou bem", contou.

Acidente na rodovia

A chuva da madrugada de na segunda-feira (8) foi responsável por um acidente com um caminhão-baú carregado com chocolate. O motorista perdeu o controle e o veículo tombou na Rodovia Governador Doutor Adhemar Pereira de Barros (SP-0340), conhecida como Rodovia Campinas-Mogi, em Jaguariúna. Apesar do susto, o homem teve apenas ferimentos leves e precisou de atendimento médico.

De acordo com a Renovias, concessionária responsável pela administração da rodovia, o motorista do caminhão perdeu o controle da direção e tombou por volta das 5h sobre o acostamento, comprometendo também a faixa da direita, na altura do km 137. O trânsito foi desviado para a outra faixa de rolamento. O congestionamento chegou a cerca de cinco quilômetros no horário de pico, por volta das 7h30.