Aproximadamente 135 pessoas que trabalhavam no Poupatempo da Av. Francisco Glicério, vão buscar na Justiça o direito de receber as verbas rescisórias
Trabalhadores denunciam que não receberam verbas rescisórias (Leandro Ferreira/AAN)
Aproximadamente 135 pessoas que trabalhavam no atendimento do Poupatempo da Avenida Francisco Glicério, no Centro de Campinas - que foram demitidas no final, de maio deste ano - vão buscar na Justiça o direito de receber as verbas rescisórias por tempo de serviço. A decisão foi tomada ontem, quando o grupo de funcionárias e funcionários foi convocado para assinar a rescisão do contrato de trabalho com a empresa terceirizada Esperança, que tinha contrato com o Poupatempo. Gustavo Souza, ex-funcionário e porta-voz das pessoas demitidas, disse que todos foram surpreendidos com a notícia de que não haveria pagamento das verbas rescisórias por tempo de serviço prestado. As pessoas demitidas chegaram pela manhã para a assinatura da rescisão na sala alugada no Centro de Campinas pela empresa terceirizada. O representante da empresa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento e que todos buscassem apenas o resgate do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e dessem entrada no Seguro-Desemprego. “A empresa informou também que vai entrar em contato com as pessoas quando tiver dinheiro para executar os pagamentos”, afirmou Souza. “Como ninguém tem certeza de nada, todos vão buscar um respaldo jurídico para garantir o pagamento dos direitos o mais breve possível”, comentou . Relembre o caso No final de maio, o governo de São Paulo anunciou o fechamento da unidade, alegando que o contrato com a empresa terceirizada havia sido encerrado. Na ocasião, O Estado alegou também que Campinas era a única cidade do interior paulista que possuía mais de uma unidade do Poupatempo. Por causa disso, ficou decidido que todos os atendimentos seriam transferidos para a unidade do Campinas Shopping, no Jardim do Lago, que por enquanto está fechada por causa da pandemia.. A decisão não agradou grande parte dos moradores de Campinas, que iniciaram um movimento de reabertura. No dia 7 de junho, a Câmara de Campinas instalou uma comissão, com seis vereadores para tentar reverter à decisão. No dia 16 de junho, o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), prometeu ceder um local para manter a unidade no Centro. No final do mês, um grupo de manifestantes protestou contra a medida do Governo do Estado de fechar e criticou a demissão dos funcionários. Prodesp Em nota, a Prodesp responsável pela gestão das unidades do Poupatempo no Estado, informou que está negociando com a Prefeitura de Campinas um novo prédio para que o espaço continue funcionando na região central e que a contratação de funcionários terceirizados dependerá de processo licitatório.