TJ-SP publica texto com cassação de Dixon e vice

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) publicou ontem a cassação dos mandatos do prefeito de Paulínia, Dixon Carvalho (PP) e do vice-prefeito, Sandro Caprino (PRB), e eles devem ser afastados de seus cargos ainda nesta semana. A Justiça entendeu que houve irregularidades nas contas eleitorais de 2016, os tornando inelegíveis. Assim que a Câmara for notificada da decisão, o presidente do Legislativo da cidade, Du Caselatto (PSDB), tomará posse como prefeito. Na última quarta-feira, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) já havia negado por unanimidade um recurso movido por Dixon Carvalho e cassou sua chapa. Prefeito e vice foram cassados após denúncia do MPE (Ministério Público Eleitoral) apontar uso de valores na campanha eleitoral sem lastro patrimonial. Dixon investiu R$ 681,5 mil, no entanto, seu patrimônio era menor, de R$ 591,5 mil. A defesa do prefeito alegou que Dixon havia vendido um terreno de sua propriedade, no valor de R$ 1 milhão, para pagar as despesas da campanha. Em setembro, Dixon Carvalho escapou de ser cassado em outro processo, que investigava uma possível prática de 'pedalada fiscal'. Dixon não será o primeiro prefeito de Paulínia a ser cassado ao longo da história. Nos últimos anos, a cidade mergulhou numa crise política que levou às cassações dos ex-prefeitos José Pavan Júnior (DEM) e Edson Moura Júnior (MDB). Ainda sem considerar a substituição de Dixon por Du Caselatto no comando do governo municipal, Paulínia teve quatro prefeitos diferentes entre 2010 e 2018, quando o normal seria dois. Neste período, em cinco oportunidades o presidente da Câmara assumiu a Prefeitura de forma interina.