Estrada faz a ligação entre o Centro de Paulínia e o Km 110 da Rodovia Anhanguera (SP-330)
A Rodovia José Lozano de Araújo (SPA-110/330), em Sumaré ( Leandro Ferreira/ AAN)
Um trecho pequeno, mas que gera uma dor de cabeça muito grande para os motoristas. Os cerca de dois quilômetros e meio de pista simples da Rodovia José Lozano de Araújo (SPA-110/330), em Sumaré, são apontados pelos usuários como responsáveis pelo trânsito parado e a formação de filas que ocorrem nos dois sentidos da pista, registrados principalmente no começo da manhã e final da tarde. A estrada faz a ligação entre o Centro de Paulínia e o Km 110 da Rodovia Anhanguera (SP-330), já no município vizinho. A duplicação do trecho chegou a ser anunciada no ano passado pelo governo estadual, mas até agora nada saiu do papel. Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), circulam diariamente pela rodovia cerca de 26 mil veículos. A estrada, que tem cerca de 7,3 quilômetros, é utilizada por moradores das duas cidades, mas também como rota alternativa para os motoristas que saem da Anhanguera e desejam acessar as rodovias Zeferino Vaz (SP-332) e D. Pedro I (SP-65). Logo no início, ao lado da Anhanguera, o motorista encontra pista dupla na José Lozano de Araújo. Isso volta a se repetir após a placa informar que o condutor saiu de Sumaré e entrou em Paulínia — este último trecho já é de responsabilidade da Prefeitura local. O “miolo”, formado pelos cerca de dois quilômetros e meio de pista simples, acaba por virar o vilão da história. Por causa dele, trafegar nos dois sentidos da rodovia entre 7h e 8h30 e das 17h às 18h30 se torna um exercício de paciência. O garçom Jaison Lampert, morador do bairro Matão, em Sumaré, trabalha em Paulínia e gasta de dez a 15 minutos para percorrer três quilômetros no horário citado. Sem trânsito, não leva mais do que três minutos. “É muito trânsito no horário de pico, ainda mais quando o pessoal está voltando do trabalho. A duplicação agilizaria bastante”, contou. “Às vezes você até acha que tem acidente porque está tudo parado, mas no fim não tem nada. De carro tem dia que leva meia hora para passar pela rodovia inteira”, relatou o montador Danilo Camargo, que sai de Paulínia para trabalhar em Sumaré. Quem trabalha às margens da José Lozano de Araújo frequentemente tem que ouvir reclamações dos condutores. A comerciante Aladir Valente comanda há cinco meses uma barraquinha que vende caldo de cana, pastéis e salgados na altura do trecho duplicado de Paulínia. Ela contou que o trânsito pesado chega até esse ponto. “Como não tem a duplicação vai formando fila, todo dia. Às vezes até param aqui porque estão com fome e vai demorar um tempo para chegar em casa. Dizem que vão duplicar, mas até agora nada”, disse. Já o frentista Cleber Radiguieri Silva acaba com acumulando outra tarefa: precisa muitas vezes orientar quem se perde e acaba dando de cara e se surpreendendo com fluxo pesado e lento no trecho. “(Eles) perguntam se sempre é o mesmo problema. Aqui é uma rota de fuga para cair na D. Pedro, e se fosse duplicado, desafogaria bem”, disse. Sem prazo A duplicação do trecho de pista simples foi anunciado pelo DER em junho do ano passado, com a contratação de uma empresa que ficou responsável por fazer o projeto. Somente essa tarefa custaria R$ 300 mil e faria parte de um investimento total de R$ 8 milhões. O valor também possibilitaria a construção de um acesso à região do bairro Maria Antônia, em Sumaré. Procurado ontem pela reportagem, o órgão estadual disse que o projeto “encontra-se em fase de elaboração”. Um prazo para o término dessa fase não foi informado. “O DER informa que irá aumentar a fiscalização bem como a sinalização para atender a demanda dos usuários”, afirmou em nota. A Prefeitura de Sumaré, por sua vez, disse que “acompanha atentamente o andamento dessa proposta, que é um compromisso do governo do Estado”. O Executivo informou, também por meio de nota, que tem plena convicção que a promessa será cumprida “tão logo seja possível”. O trecho de pista simples foi anunciado pelo DER em junho do ano passado, com a contratação de uma empresa que ficou responsável por fazer o projeto. Somente essa tarefa custaria R$ 300 mil e faria parte de um investimento total de R$ 8 milhões.