Arrombamento de dois jazigos da mesma família leva policiais a suspeitarem de magia negra
A Polícia Municipal de Jaguariúna reforçará a segurança na área onde está instalado o cemitério municipal. Inclusive com monitoramento de vídeo e patrulha ostensiva para evitar que novos atos de vandalismo aconteçam no local. Em um período de 48 horas, neste final de semana prolongado, dois túmulos foram arrombados e tiveram as ossadas reviradas. De acordo com a Prefeitura, a Polícia Municipal também já tomou as medidas cabíveis para identificar os responsáveis pelos atos de vandalismo realizados e apurar as circunstâncias em que eles foram praticados. O crime também será apurado pela Polícia Civil e foi registrado como Vilipêndio de Cadáveres. O vandalismo aconteceu entre sexta-feira de madrugada e domingo. Foram duas ações distintas, mas em túmulos da mesma família e que ficam distantes um do outro. Os jazigos foram arrombados com martelo e talhadeira. Os ossos foram deixados espalhados perto dos mausoléus. A suspeita é de magia negra. “Só queremos entender o que está acontecendo. Nunca houve esse tipo de ação por aqui, pelo que temos conhecimento”, disse uma dona de casa, cujo nome foi preservado. O primeiro arrombamento aconteceu na madruga da sexta-feira no túmulo onde foram sepultados os avós paterno e o casal de tios da dona de casa. Os familiares estão enterrados no local entre um e dez anos. Três dos corpos estavam em sacos separados e apenas um, da avó, estava ainda no caixão, em decomposição. Os ossos foram deixados espalhados próximos da sepultura. Na madrugada do domingo, foi violada a sepultura da avó materna da dona de casa, onde também está o casal de idosos. O homem está enterrado há cerca de 20 anos e os ossos estão no saco plástico. Já o corpo da mulher ainda se encontra no caixão. “Soubemos da violação do túmulo através da funerária para a qual pagamos para fazer o serviço de manutenção. É muito triste isso”, falou a dona de casa. A Polícia Científica foi no local e recolheu os ossos para verificar se há falta em algum dos cadáveres. O relatório pericial só deve ficar pronto em no mínimo 30 dias. A família também não soube dizer se havia algum osso faltando, porém todos que estavam próximos foram recolhidos para análise. Crime O ato de velipendiar cadáveres ou suas cinzas, pela lei, gera punição entre um a três anos de reclusão e pagamento de multa. Entre os crimes mais comuns de vilipêndio do corpo humano morto, segundo a literatura, está a chamada necrofilia, ou seja, quando alguém mantêm relações sexuais com o cadáver.