Nova série da aclamada franquia CSI estreia na quarta-feira do canal AXN e traz Patricia Arquettecomo uma psicóloga: no 1º episódio, ela e equipe descobrem um esquema de tráfico de bebês
Patricia Arquette é a protagonista da série 'CSI: Cyber', do AXN ( Divulgação)
Patricia Arquette ostenta uma longa carreira no cinema. Porém, há uma década, ela se tornou um rosto conhecido da TV americana. A atriz ganhou fama ao dar vida a dona de casa e vidente Allison Dubois em 'Medium', série que durou seis temporadas entre os anos de 2005 e 2011 e pela qual ela ganhou um Emmy. Só que, em 2015, tudo mudou quando, mais uma vez, o público pôde vê-la nas telonas. Aliás, pode-se dizer que o ano — ou o primeiro semestre, pelo menos — foi dela. Sua impressionante atuação no belo filme 'Boyhood - Da Infância à Juventude' lhe rendeu simplesmente todos os principais prêmios do cinema na categoria melhor atriz coadjuvante, como o Oscar, o Globo de Ouro, o Sag Awards e o Bafta. E o mais interessante é que ela embarcou no projeto do diretor Richard Linklater antes mesmo de estrear em 'Medium', já que o longa foi rodado durante 12 anos. Diante de tanto reconhecimento, obviamente um novo trabalho importante pintaria para Patricia. Só que, novamente, nas telinhas. A atriz retorna ao mundo das séries em mais um spin-off da aclamada produção 'CSI'para viver Avery Ryan, agente que investiga crimes na internet. Afinal, como é dito no próprio seriado, para novos crimes, novos detetives. Patricia é a estrela de 'CSI: Cyber', série que estreia no canal 'AXN' nesta quarta-feira (10), às 22h. Ela, como dito, é uma agente especial encarregada da divisão de crimes cibernéticos do FBI, em Quantico, Virgínia. Os fãs da franquia 'CSI' já conhecem a personagem pois, em 2013, Patricia fez uma participação na 14ª temporada de 'Crime Scene Investigation', já vivendo a personagem de 'CSI: Cyber'. Avery Ryan foi inspirada no trabalho da psicóloga irlandesa Mary Aiken, que estuda comportamentos transgressores na internet. Na série, agente Ryan entrou para o FBI após os arquivos de seus pacientes terem sido hackeados, levando um desses pacientes à morte. “Ela é a encarregada de investigar os crimes que tiveram início na mente, tomaram vida no mundo on-line e acabaram afetando o mundo real”, explicaram à imprensa americana os produtores Anthony E. Zuiker, Carol Mendelsohn e Ann Donahue durante o lançamento da produção, em março. Primeiro episódio No primeiro episódio, Ryan e sua equipe terão pela frente o sequestro de um bebê — que acaba por revelar um gigantesco esquema de tráfico de crianças. Os pais estão dormindo no quarto ao lado com a babá eletrônica — que tem câmera e captação de som — na mesinha de cabeceira. De repente, eles escutam um barulho e acham que tem alguém em casa, mas, ao chegarem ao pé do berço, a criança já sumiu e vozes estranhas — e em diversos idiomas — estão saindo da tal babá eletrônica. Já que os agentes de qualquer CSI estão equipados com o que há de mais moderno em termos de tecnologia, é claro que 'Cyber' precisava dar uma elevada na estrutura. Portanto, as instalações da sede da equipe são quase futuristas, com cenografia reluzente, cheia de neon e gigantescas telas de computador por todo lado responsáveis por conectar os agentes a outros especialistas em outras atividades do gênero. Há salas, aliás, com tecnologia 3D à la Tony Stark, e a velocidade com que os detetives chegam aos locais dos crimes — ou onde os suspeitos estão escondidos — é inacreditável (no real sentido da palavra, pois exageram demais). Aliás, esse é o grande problema de 'Cyber'. Além de não acrescentar nada de novo à franquia, com as mesmas soluções mirabolantes, raciocínios impossíveis e cenários parecidos — como lagos, florestas, bares, enormes fábricas e galpões —, para dramatizar as histórias, a produção abusa de efeitos extremamente bregas, como câmeras lentas e muitos closes para mostrar algo estranho percebido pela agente Ryan, como uma pista, um detalhe, uma reação corporal, essas coisas. Há cenas e diálogos realmente cafonas. No primeiro episódio, destaque para o mergulho do braço-direito de Ryan, Elijah Mundo (James Van Der Beek, o eterno Dawson de 'Dawson’s Creek'), em uma represa para salvar um bebê. Os 13 episódios de 'CSI: Cyber' já foram ao ar nos Estados Unidos, sendo que a première atraiu quase 10 milhões de espectadores enquanto o 'season finale' teve audiência de 6,68 milhões. Mesmo assim, a série já está renovada para a segunda temporada, que deve ir ao ar março do ano que vem. Vale lembrar que a série original 'CSI: Crime Scene Investigation' acabou de ser cancelada na 15ª temporada, e será encerrada com um filme para TV de duas horas que será exibido em 27 de setembro nos EUA. Quem sabe, no futuro, 'Cyber' ocupe o lugar que era dela. Só precisa melhorar muito para pleitear isso.