ESPÉCIE

Descoberta de novas espécies de aves na região amazônica

Os autores da descoberta pertencem ao Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), de Belém

12/06/2013 às 13:28.
Atualizado em 25/04/2022 às 12:22

A descoberta de 15 novas espécies de aves na Amazônia é um alerta para a conservação da biodiversidade da região, mediante os avanços do desenvolvimento, que nem sempre vêm acompanhados da devida preocupação e responsabilidade ambiental. É o que afirma o ornitólogo Mario Cohn-Haft, principal descobridor do cancão-da-campina, nome popular de uma das novas aves, ao falar sobre o maior descobrimento da ornitologia brasileira nos últimos 140 anos.

“Todo mundo sabe que a Amazônia tem a maior biodiversidade do planeta. Mas é muito maior do que se sabe. Isso quer dizer que a região abriga muita coisa a ser descoberta e ser estudada, pois o potencial da região não está esgotado”, destacou Cohn-Haft, que é curador da seção de ornitologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus.

Das 15 novas espécies de aves descobertas pela pesquisa na região, onze delas são endêmicas do Brasil e quatro podem ser encontradas também no Peru e na Bolívia.

Mario Cohn-Haft, no entanto, chama a atenção para o perigo à biodiversidade da Amazônia ao se tomar decisões para o desenvolvimento da região sem rigor para o cumprimento das legislações ambientais vigentes, que visam a proteção do meio ambiente.

“Temos que cobrir o território amazônico de uma forma mais completa e sermos rigorosos e sérios sobre a importância de entender uma região antes de tomar decisões sobre o uso da terra, seja para construção de hidrelétricas ou produção agrícola, por exemplo”, alertou o ornitólogo.

Espécie ameaçada

Das 15 novas espécies de aves descobertas na Amazônia, a maior é uma espécie de gralha, com cerca de 35 centímetros de comprimento, que vive apenas na beira de campinas naturais localizadas em meio à floresta existente entre os rios Madeira e Purus, no Estado do Amazonas. De acordo com Mario Cohn-Haft, a espécie está ameaçada de extinção.

 Fonte: Anda

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