Doses

E a 'passadinha' durou a tarde inteira

Conheça o bar do Mingo, no Parque Industrial: porções e gelada para uma tarde agradável

Marita Siqueira
05/03/2015 às 11:41.
Atualizado em 24/04/2022 às 01:02

Na semana passada, saí pela cidade à caça de alguns botecos, mas fui acometida por um mal irreversível: dei de cara com um belo botequim e o que era para ser uma “passadinha” nessa minha saga etílica se transformou numa agradável tarde encostada no balcão. Inaugurado em 1972, o Bar do Mingo, no Parque Industrial, me conquistou subitamente. Ali, afinal, até salada de cebola se torna um petisco magnífico para acompanhar a cerveja.   Foto: Edu Fortes/ AAN O balcão antigo com banquinhos giratórios nos faz dispensar a mesa. Porque bom mesmo é acomodar-se ao redor dos proprietários, seo Zé Raimundo e João Domingos (filho do Mingo, já falecido), e deixar a prosa fluir enquanto a bola rola na TV. Com a fome dando sinal no início da tarde, Zé me apresentou uma de suas especialidades: a porção de fígado com jiló. Confesso que o fígado passa longe das minhas predileções e duvidei um pouco da mistura com o jiló, uma vez que tenho apreço pelo legume frio, temperado com sal, limão e azeite. Caí de garfo no prato, sem medo de ser feliz, e entre um pedaço e outro provei a salada de cebola que, graças aos truques do Zé, não tem um pingo de ardor. Foi uma experiência de primeira grandeza. Quem não gosta de fígado ou de jiló de jeito algum é bom saber que o Bar do Mingo tem tradição também no lanche de linguiça – o pão bengala vem de uma padaria do bairro e a linguiça, do mesmo produtor há 30 anos. Outro tira-gosto típico do bar é o pastel de abobrinha, feito somente às quartas. Só tome cuidado para não se deixar cativar em excesso pelas bebidas expostas nas prateleiras pelos quatro cantos da casa. Tem de tudo. Não resistiu? Uma dica para bebericar com a cerveja é a caipirinha de limão, que sai nas versões “socada ou espremida”. Porque o Zé faz questão de agradar à freguesia.     Bar do Mingo Avenida João Batista Morato do Canto, 2.073, Parque Industrial, Campinas, f. (19) 3273-2231. Aberto de segunda a sexta, a partir das 16h; sábado e domingo, a partir das 9h. Fica até o último cliente.   Não deixe de ler   Como se Faz Humor Político   Um mestre do tragicômico nacional, Henrique de Souza Filho (1944-1988), o Henfil, volta às livrarias num período em que a charge virou alvo de ataque terrorista e a discussão sobre o humor tornou-se inerente. Como se Faz Humor Político, originalmente publicado em 1984, foi relançado pela Editora Kuarup (R$ 38, 128 páginas). Traz depoimentos do artista concedidos ao jornalista e amigo Tárik de Souza em forma de bate-papo.   Meu boteco preferido   Foto: Divulgação “O Bar do Zé tem ótimo happy hour com chope gelado na promoção. A cozinha é boa e gosto muito, principalmente, porque posso pôr um som e não ser refém do gosto duvidoso de vários donos de botecos.” Erivaldo Cardoso dos Santos, o RivaProdutor musical e empresário.   Bar do ZéAvenida Albino José Barbosa de Oliveira, 1.325, Barão Geraldo, f.(19) 3289-3159  

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