Cena do filme Animais Fantásticos - Os Segredos de Dumbledore (Divulgação)
A magia está no ar com o retorno do universo Harry Potter aos cinemas. Quase quatro anos depois de "Os Crimes de Grindelwald", chega aos cinemas campineiros o terceiro título da saga derivada Animais Fantásticos: "Os Segredos de Dumbledore". Para nós, brasileiros, o longa tem um gostinho especial, pois a atriz Maria Fernanda Cândido está no elenco da produção como a bruxa Vicência Santos, a ministra da magia do Brasil.
Em entrevista ao programa Provoca, da TV Cultura, a atriz revelou que seu papel não é grande, mas é importante. "Ela [Vicência]é a representante do mundo latino dentro deste momento político do filme em que há uma grande divisão em dois blocos e uma eleição", explicou. Ainda que seu tempo de tela seja reduzido, diante da constatação que ainda faltam dois filmes para terminar de contar essa história, podemos ter esperanças de ver Vicência e Maria Fernanda no universo mágico novamente.
"Os Segredos de Dumbledore" segue a narrativa dos filmes anteriores ao trazer a ascensão de Grindelwald (Mads Mikkelsen) ao poder nos anos 1930, em um claro paralelo aos regimes nazista e fascista. Para impedir o vilão, que ameaça o mundo bruxo e não-bruxo, o professor da escola de Hogwarts, o célebre Alvo Dumbledore (Jude Law), organiza um grupo que inclui o protagonista Newt Scamander (Eddie Redmayne) em uma missão perigosa.
Substituições, ausências e polêmicas
Os bastidores de "Os Segredos de Dumbledore" nos últimos anos têm sido tão intensos quanto a mirabolante trama mágica do filme. Depois de muita polêmica envolvendo a participação de Johnny Depp - que até hoje tenta se livrar das acusações de abuso da ex-esposa, a atriz Amber Heard -, o papel de Grindelwald, central para a narrativa, agora está a cargo do talentoso ator dinamarquês Mads Mikkelsen, que pela segunda vez muda o rosto do personagem (no primeiro filme, ele havia sido vivido também por Colin Farrell).
Dá para sentir a ausência da personagem Tina na nova narrativa. Protagonista nos dois capítulos anteriores, ela foi inexplicavelmente reduzida a uma participação pequena, sem que tenha havido qualquer comunicado oficial do porquê desta decisão. No entanto, já circulam especulações de que a atriz intérprete Katherine Waterston possa ter sofrido algum tipo de punição após enfaticamente criticar a postura transfóbica de J. K. Rowling, criadora do universo e roteirista dos novos filmes. "Desculpe, você não pode ser feminista se não for pelos direitos humanos de todos, principalmente os direitos de outras mulheres", comentou a artista sobre o conteúdo de um dos muitos tweets polêmicos da escritora. Aliás, os constantes ataques de J.K. às mulheres transsexuais tem provocado incômodo até em fãs fervorosos da saga, diminuindo o encanto do seu brilhante universo.