Torcedor do Guarani, Bruno Pivetti quer construir uma nova história (Thomaz Marostegan/Guarani FC)
Torcedor declarado do Guarani, o técnico Bruno Pivetti disputará no próximo domingo, a partir das 18h no estádio Moisés Lucarelli, o seu primeiro dérbi sentado no banco de reservas. Conhecedor do tabu reinante no clássico, em que o Alviverde não vence o principal rival na sua casa desde a Série B de 2009, Pivetti já sabe que tem outro adversário poderoso, que é a ausência de tempo para implementar o seu trabalho. Desde que o Guarani voltou a segundona nacional, em 2017, nenhum treinador disputou o clássico do turno inicial da competição nacional com seis meses ou um ano de gestão. Quando entrar em campo no domingo, Bruno Pivetti estará no seu 55º dia de trabalho. Pior: devido a rotatividade reinante no futebol, desde 2018, nenhum técnico atuou pelo Guarani no clássico no Campeonato Paulista e no jogo inicial da Série B.
O que esteve mais próximo de uma gestão longeva foi Umberto Louzer. Na ocasião, em 2018, o técnico conduzia o seu trabalho desde o dia 03 de janeiro, quando foi efetivado no lugar de Fernando Diniz, que aceitou a oferta do Athletico-PR. Antes de participar do seu primeiro dérbi, no dia 05 de maio de 2018, Louzer trabalhou por 122 dias e neste período conquistou a Série A-2 do Campeonato Paulista. Tal fato não foi suficiente para uma produção satisfatória e a equipe perdeu em casa para a Macaca por 3 a 2.
No ano seguinte, o dérbi de primeiro turno contou novamente com um novato no banco de reservas do Guarani. Roberto Fonseca tinha sido contratado para o lugar de Vinícius Eutrópio no dia 13 de junho e sua largada no clássico ocorreu no dia 11 de agosto de 2019 e com revés por 1 a 0 e com gol de Matheus Vargas. Foram 59 dias de trabalho antes do confronto. No Paulistão, Osmar Loss comandou o Guarani e perdeu da Macaca por 3 a 0.
O sufoco prevaleceu no dérbi inicial da Série B de 2020, disputado com portões fechados em virtude da pandemia do Coronavírus. No dia 28 de agosto, o Guarani perdeu do Náutico por 2 a 1 no Brinco de Ouro e o fato provocou a saída do técnico Thiago Carpini, que tinha vencido o dérbi do Paulistão por 3 a 2. Para o seu lugar, a diretoria contratou Ricardo Catalá no dia 30 de agosto. Após 37 dias de trabalho, o treinador disputou o clássico com a Macaca e perdeu por 2 a 0. Os gols pontepretanos foram anotados por Dawhan e Luizão.
Daniel Paulista, por sua vez, foi contratado no dia 23 de maio de 2021 e precisou apenas de 27 dias para adaptar-se a cidade, ao clube e para entender as características do jogo centenário realizado no dia 19 de junho e que terminou com vitória bugrina pelo placar mínimo e viabilizado graças ao gol feito por Régis. No Paulistão de 2021, Allan Aal era o comandante do Guarani na derrota por 3 a 1 no Majestoso.
Neste histórico recente ninguém teve menor tempo para se adaptar ao clima do confronto do que Ben Hur Moreira, atual auxiliar técnico fixo do clube. No ano passado, após o empate por 1 a 1 contra o Náutico, no estádio dos Aflitos, o Conselho de Administração e o então superintendente de Futebol, Michel Alves decidiram pela demissão do treinador Daniel Paulista no dia 04 de maio. Quatro dias depois, Ben Hur Moreira sentou no banco de reservas e amargou empate sem gols contra o principal rival. O resultado na época foi motivo para lamentações, em virtude da Alvinegra ter amargado o rebaixamento na Série A-1. No Paulistão de 2022, o Guarani venceu por 3 a 0 e ainda sob o comando de Daniel Paulista.
DÉRBI
A meta é amenizar a ausência dos torcedores bugrinos no Majestoso. Desde 2018, os dérbis são disputados com torcida única, expediente utilizado nos clássicos com os times da capital.
