Alberto Valentim montou defesa que tem baixa média de gols sofridos em 2025 (Marcos Ribolli)
Na construção da campanha que visa a classificação à segunda fase da Série C do Campeonato Brasileiro, uma das principais apostas da Ponte Preta está na eficiência do sistema defensivo. Em 18 partidas realizadas nesta temporada, a equipe sofreu 12 gols — média de 0,66 por jogo, considerando os confrontos no Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Série C. Como comparação, na Série B de 2024 foram 55 gols em 38 jogos, o que representa média de 1,44 por partida. A queda entre os dois cenários foi de 54,16%. Considerando apenas os jogos da Série C, a equipe sofreu dois gols em cinco rodadas.
Outro dado que traz otimismo é o desempenho no estádio Moisés Lucarelli. Em oito partidas disputadas em 2025 no Majestoso, a equipe sofreu apenas quatro gols e saiu de campo sem ser vazada em cinco oportunidades. Nos jogos fora de casa, a Ponte sofreu oito gols e terminou três confrontos com a defesa intacta.
O volante Lucas Cândido confirmou que a ênfase no setor defensivo faz parte do planejamento para buscar o acesso. “O time que sofre poucos gols tem mais chance de sair vitorioso ou de pontuar. Esse é o nosso objetivo. O primeiro alvo é a classificação, porque entre o líder e o oitavo se consegue passar à próxima fase”, disse o jogador. “Nosso objetivo é subir”, completou.
Cândido ressaltou que o aprimoramento defensivo é trabalhado desde os primeiros treinos sob o comando do técnico Alberto Valentim. “O treinamento na semana é focado para não levar gol. Isso começa com o Jeh, o Jean (Dias), o (Jonas) Toró, ou seja, com todos lá na frente”, explicou. “Acreditamos que com uma defesa sólida ficamos mais próximos do acesso.”
No processo de consolidação da defesa, o volante reconhece que precisou buscar seu espaço com paciência e persistência. Segundo ele, a dedicação nos treinos e sua postura profissional contribuíram para conquistar a vaga que antes era ocupada por Léo Oliveira. “Sempre trabalhei com muita humildade e respeito aos meus companheiros. Aproveitei as oportunidades”, disse. “Fizeram um grupo forte e estamos felizes porque o ambiente é bom e com bons jogadores. Convivemos com a pressão, mas ela existe na Série A, B ou C.”
Com tamanha solidez defensiva e um bom ambiente de trabalho, Lucas Cândido não se surpreende com a liderança da competição, com 13 pontos conquistados. “Se estiver em primeiro ou oitavo lugar, a pressão vem. Temos que saber conviver com ela, porque o futebol muda muito rápido. E o professor Alberto Valentim e todos aqui têm pregado humildade”, finalizou.
Se contar com uma defesa consistente assegura a busca pela classificação, um ataque eficiente é o passaporte para furar retrancas. Titular ao lado de Jonas Toró, o atacante Jean Dias sabe que o desafio diante do Brusque, sábado, às 19h30, será complicado. O adversário tem oito pontos, marcou dois gols e sofreu apenas um. “Sabemos que estamos dentro da nossa casa, com o apoio da nossa torcida, mas o primeiro passo é respeitar o adversário. Vamos impor o nosso ritmo”, disse o atacante. “Estamos cada vez mais comprando a ideia que o Alberto tem nos passado. Com o apoio da torcida, vamos buscar esses três pontos”, completou.
Durante a semana, a Ponte segue sem utilizar o Centro de Treinamento do Jardim Eulina, que passa por reforma no gramado principal e adequações em dois outros campos. Os treinos estão sendo realizados nos campos do Clube Valinhense e do Bom Retiro, ambos em Valinhos.
Em relação à escalação, a principal dúvida está na lateral esquerda, entre Artur e Danilo Barcelos. O técnico Alberto Valentim, que retorna ao banco de reservas após cumprir suspensão, também decidirá se o atacante Jeh, em processo de reinserção, começa como titular ou segue como opção para o segundo tempo diante do Brusque.
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