CHATEADO COM A DERROTA

Valentim fala em ‘choque’ para acabar com expulsões

Nas últimas cinco rodadas, quatro jogadores da Ponte Preta levaram o cartão vermelho

Elias Aredes
04/06/2025 às 16:39.
Atualizado em 04/06/2025 às 16:39

O treinador pontepretano quer mudança de postura no gramado (Marcos Ribolli)

O técnico da Ponte Preta, Alberto Valentim, quer aplicar um “choque de gestão” para interromper o ciclo de expulsões que tem prejudicado o time, como aconteceu na derrota de anteontem para o Ypiranga (RS) por 1 a 0. “Não vamos permitir mais. Já tínhamos falado, mas agora estão proibidas expulsões desnecessárias”, afirmou Valentim após o apito final do árbitro. A conversa com o elenco foi direta, e o técnico deixou claro que, a partir de agora, qualquer atitude que comprometa a equipe será considerada inaceitável. 

O motivo para a indignação foi a expulsão do volante Dudu, aos 31 minutos do primeiro tempo. Ao tentar arrancar para o campo de ataque, ele deu uma cotovelada no atacante Roger, já com cartão amarelo, o que resultou na segunda advertência e na expulsão. “Talvez tenha feito uma falta e tenha uma leitura errada da arbitragem, já que não tem VAR. Mas expulsões desnecessárias não podemos ter mais”, explicou Valentim. 

O técnico destacou que não é possível ignorar a mudança de rumo do jogo após a expulsão de Dudu. A partida, que estava equilibrada, ficou ainda mais difícil para a Ponte Preta. Valentim, então, fez ajustes imediatos. A primeira substituição foi a entrada de Lucas Cândido no lugar de Serginho ainda na etapa inicial. No intervalo, Elvis foi sacado para a entrada de Everton Brito. Em seguida, Danilo Barcelos também saiu, dando lugar a Pacheco. “Condiciona o jogo, descaracteriza o jogo. O gol foi um erro nosso, mas tenho que falar bem dos que permaneceram e dos que entraram depois. O jogo ficou vivo até os últimos segundos”, afirmou.

Valentim, chateado com a quarta expulsão em cinco jogos da Série C, pediu calma à torcida em relação a Dudu. “O Dudu é um jogador com muita qualidade, valente dentro de campo, mas precisa amadurecer. Ele vai contar com nossa ajuda. Quando passar por esse processo de amadurecimento, ele dará um salto grande na carreira”, avaliou o técnico, que sempre elogiou o jogador, mas admitiu que ele precisa melhorar no temperamento. 

O treinador também afirmou que, se Dudu tivesse adotado uma postura mais comedida, nem o primeiro cartão amarelo teria sido recebido. “Ele é um jogador no qual acreditamos muito. Vamos cobrar para que ele acelere esse processo de amadurecimento”, disse Valentim, reforçando a confiança no potencial do volante. 

Sobre uma possível punição financeira, Valentim se esquivou e afirmou que essa decisão cabe ao presidente Marco Antonio Eberlin. “Não cabe a mim estipular multa. Essa decisão está com a diretoria. A gente tem que respeitar as hierarquias do clube”, afirmou, esclarecendo que qualquer punição será tratada pela presidência. 

O técnico se queixou de várias decisões contestadas durante o jogo contra o Ypiranga. “Infelizmente, não tem VAR na Série C, o que torna tudo mais difícil. Eu não gostei da arbitragem. Eles me deram um amarelo porque ajoelhei, e sempre faço isso. Não faltei com respeito com ninguém. O quarto árbitro disse que não acreditou que deram apenas cinco minutos de acréscimo. Mas, infelizmente, não adianta falar muito. O que nos resta é arrumar nosso time”, declarou o treinador.

Apesar das dificuldades e das reclamações, Valentim se manteve firme em suas convicções para a sequência da competição. “Achar que jogar com três zagueiros é defensivo é um erro. Nosso terceiro homem é o Danilo Barcelos, que tem qualidade na saída de bola. É um time equilibrado, que cria muitas chances, mas agora precisa melhorar o aproveitamento no último terço”, analisou. 

Com a folga de 12 dias até o próximo jogo, Valentim vê a pausa como uma oportunidade estratégica. “Semana cheia é sempre um cenário perfeito. Esses 12 dias vão nos ajudar muito. Teremos tempo para recuperar jogadores como Danrlei, Saimon e outros que estavam machucados. É sempre bom, porque você pode trabalhar com o time, ajustar taticamente e recuperar os atletas. Quem dera fosse assim durante toda a temporada”, concluiu o técnico. O próximo jogo da Ponte Preta será no dia 14 de junho, contra o ABC (RN), novamente no Majestoso.

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