HISTÓRICO

Com presença de campineiros, Brasil conquista vaga na Copa do Mundo de Beisebol

Formados na Tozan, o assistente técnico Kleber Ojima e o arremessador Rafael Ohashi estiveram no grupo que alcançou classificação

Esportes Já
17/03/2025 às 16:07.
Atualizado em 17/03/2025 às 16:07
Brasil avançou em um grupo que tinha Colômbia, China e Alemanha (Arquivo pessoal)

Brasil avançou em um grupo que tinha Colômbia, China e Alemanha (Arquivo pessoal)

Kleber Ojima e Rafael Ohashi pertencem a gerações diferentes do beisebol, mas têm pontos em comum. Formados na Colônia Tozan, em Campinas, ambos hoje estão entre os responsáveis pelo bom momento que atravessa a modalidade no Brasil. Ojima, como um dos técnicos assistentes, e Ohashi, dentro do grupo de arremessadores, estiveram na seleção brasileira que levou o país de volta ao World Baseball Classic (WBC), a Copa do Mundo de beisebol, depois de 12 anos. A classificação veio nas eliminatórias disputadas em Tucson, nos Estados Unidos, na primeira semana de março. O WBC ocorrerá entre 5 e 17 de março de 2026.

O Brasil conquistou a vaga ao vencer a Alemanha por 6 a 4 no confronto decisivo no último dia 7. O país estava em um grupo que ainda tinha, além da Alemanha, China e Colômbia. Os brasileiros perderam dos colombianos e superaram chineses e alemães. Diante dos europeus, no entanto, precisaram fazer a partida desempate para saber quem ficaria com a última vaga. A Colômbia foi a primeira classificada do grupo.

“Tínhamos total confiança na classificação”, diz Ojima, de 48 anos, técnico de arremessadores que hoje trabalha no Anhanguera, de Santana de Parnaíba, e tem vasta experiência defendendo a seleção, seja como jogador ou treinador assistente. “Foi a primeira vez que tivemos uma comissão técnica 100% brasileira numa competição desse porte, com pessoas extremamente competentes que já conhecem a nossa realidade. Os jogadores trabalharam muito bem na preparação feita em Ibiúna e o conjunto da equipe fez a diferença. Sabíamos das dificuldades, mas tínhamos certeza que estávamos em condição de enfrentar qualquer obstáculo.”

 É a segunda vez na história que o Brasil joga uma edição do Mundial. A primeira foi em 2013, quando a seleção caiu em um grupo com Cuba, Japão e China e acabou eliminada em último, perdendo todos os jogos. Desta vez, Ojima acredita em melhor desempenho. 

“Aprendemos muito com os erros e acertos do passado. Temos um grupo que está aprendendo a ganhar e tem provado isso nos últimos anos. Além de fazermos uma grande campanha no WBC ano que vem, também projetamos conquistar uma vaga inédita para as Olimpíadas de Los Angeles em 2028. São metas ambiciosas, mas realistas”, afirma o campineiro que, além da participação na seleção, também tem uma trajetória ligada a vários times do Brasil e do Exterior. 

Uma das campanhas que reforçam o bom momento do Brasil no beisebol é a conquista da inédita medalha em uma edição dos Jogos Pan-Americanos, em 2023, quando ficou com a prata após perder a final para a Colômbia. Entretanto, na competição, chegou a vencer a própria Colômbia, Venezuela e Cuba, todas potências na modalidade.

Para o WBC em 2026, uma das apostas do Brasil é em Rafael Ohashi, que do Tozan foi para o Toronto Blue Jays, do Canadá, time integrante da Major League Baseball (MLB), a maior liga dos Estados Unidos. O contrato foi assinado em 2019, quando ele tinha 16 anos. “Eu conheço bem o pai do Rafael, que me ajudou muito nos treinos quando era criança e ado lescente”, conta Ojima. “Quando o Rafael começou a jogar na Tozan, eu já não estava mais em Campinas.” 

O MUNDIAL DE BEISEBOL DE 2026 

O torneio será disputado por 20 seleções divididas em quatro grupos de cinco. O grupo A terá sede em San Juan, Porto Rico; o B, em Houston, nos Estados Unidos; o C, em Tóquio, no Japão; e o D, em Miami, também nos EUA. Depois, as quartas, semi e a final serão também em Miami. 

As seleções classificadas são as se guintes: Porto Rico, Cuba, Canadá, Panamá, Estados Unidos, México, Itália, Grã-Bretanha, Japão, Austrália, Coreia do Sul, República Tcheca, Venezuela, República Dominicana, Países Baixos, Israel, Nicarágua, Taipei Chi nês, Colômbia e Brasil. 

O World Baseball Classic tem como maior campeão o Japão, com três troféus (2006, 2009 e 2023). Depois vem os EUA e a República Dominicana, cada um com uma conquista, em 2017 e 2013, respectivamente. 

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