Stephani Soares tenta bloquear uruguaia (Divulgação)
Com a forte contribuição de Campinas, a seleção brasileira de handebol de areia sub-17 fez bonito no Campeonato SulCentro Americano, disputado na cidade de Iquique, no Chile, em dezembro. Stephani Soares, de 15 anos, e Júlia Ribeiro, de 16, atletas do Campinas 360˚ nas Areias, o projeto da modalidade na cidade, integraram a equipe feminina que conquistou o título. Na formação masculina, que ficou com o vice-campeonato, o representante campineiro foi Unai Amorim, também de 16 anos. Os três foram convocados pela primeira vez. Treinadora do Campinas, Thais Nascimento fez parte da comissão técnica da delegação.
A disputa ocorreu entre 5 e 7 de dezembro e o título garantiu a classificação da seleção feminina para o Mundial da Tunísia, que acontece em junho deste ano, e para os Jogos Olímpicos da Juventude de 2026, em Dakar. Já a seleção masculina assegurou vaga no Mundial com a segunda colocação.
A competição no Chile foi disputada no formato de pontos corridos. No feminino, a única derrota foi para o Uruguai e mesmo assim o Brasil terminou a disputa à frente dos concorrentes. Argentina, Chile e Paraguai foram os demais participantes. Já no masculino, os brasileiros só perderam para a Argentina, que foi a campeã, e superaram Uruguai, Peru, Chile e Paraguai.
A preparação da seleção feminina para o torneio foi feita em Campinas entre 30 de novembro e 3 de dezembro. Um total de 10 atletas e dois componentes da comissão técnica se hospedaram no Centro Esportivo de Alto Rendimento (Cear). Os treinos aconteceram diariamente em dois períodos no Taquaral. Transporte e hospedagem foram assegurados por patrocinadores do Campinas 360˚ nas Areias.
Treinadora do projeto campineiro, Juliana Saraiva celebrou junto com seus pupilos a experiência deles na seleção. “O esporte ensina muito e tenho certeza que eles voltaram dessa competição mais maduros, sabendo o que realmente querem e com a vontade de treinar e se dedicar ainda mais”, comentou Juliana. “Há muita gente brigando para estar na seleção, o que aumenta a necessidade de estarem cada vez mais preparados.”
Para a treinadora, 2024 foi o ano das categorias de base do Campinas 360˚. Ela destaca os resultados inéditos conquistados pelos times do cadete masculino e juvenil feminino. Ambos ficaram em terceiro lugar no Campeonato Brasileiro, a principal competição nacional da modalidade. “Tem um peso importante, pois estamos trabalhando com essas categorias há apenas dois anos e já estamos colhendo os frutos”, celebra. No adulto, o feminino ficou em quinto e o masculino em oitavo.
PARA 2025
Atualmente, o projeto conta com seis equipes: adulta, juvenil e cadete, todas com categorias feminina e masculina e inseridas na disputa do campeonato nacional. Para 2025, a projeção é criar as categorias infantil e júnior e ampliar as atividades das escolinhas que são desenvolvidas nas Praças de Esportes e que envolvem cerca de 300 participantes atualmente. Há ainda a intenção de recrutar os alunos desses polos para integrar a categoria cadete, que passará por reformulação neste ano.
Já no adulto, a busca será por melhores resultados, principalmente no Brasileiro feminino, competição que o Campinas já faturou em 2022. “Tivemos muitas perdas em 2024 e ficou complicado encaixar o time”, comentou Juliana.
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