VESTIBULAR DA USP

Fuvest mantém índice histórico de abstenção

Prova que seleciona para ingresso na USP não apresentou grandes surpresas

Correio Popular
23/02/2021 às 15:51.
Atualizado em 22/03/2022 às 00:17
Prova da Fuvest, que seleciona para ingresso na USP, não apresentou grandes surpresas (Cedoc/ RAC)

Prova da Fuvest, que seleciona para ingresso na USP, não apresentou grandes surpresas (Cedoc/ RAC)

Ao contrário do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, que apresentou recorde no número de abstenções, a Fuvest manteve a tendência em relação aos faltosos em seus exames vestibulares. Enquanto o Enem teve 51,5% de ausentes em 2021, o primeiro dia da segunda fase da Fuvest deste ano, realizado no domingo, registrou um índice de abstenção de 7,69%, percentual que está dentro da média histórica das provas para ingressar na USP. Dos 33.315 convocados, 2.563 ausentaram-se. Ontem, segundo dia da segunda fase, também não era esperada qualquer surpresa em relação às abstenções.

O conteúdo do primeiro dia da segunda fase foi composto por dez questões de Português, mais redação. A diferença na prova deste ano é que "não houve literatura comparada entre obras, algo que a Fuvest tem feito nos últimos anos", explicou o professor Wander Azanha, coordenador do Curso Pré-Vestibular Oficina do Estudante.

Quanto à redação, o tema foi em forma de pergunta: "O mundo contemporâneo está fora da ordem?". Os vestibulandos contaram com uma coletânea de cinco textos para embasar suas reflexões. "Foi tranquilo para quem participa ativamente das práticas sociais e acompanha as mudanças que temos enfrentado. Uma primeira leitura dessa frase temática e dos textos da coletânea já permitia estabelecer uma relação entre o tema e assuntos muito discutidos nos últimos tempos", afirmou a professora Jéssica Vasconcelos Dorta.

Ontem, o exame teve 12 questões, de disciplinas relativas ao curso escolhido pelo candidato. O vestibular deste ano da USP oferece 8.242 vagas, sendo metade reservada a cotas para estudantes de escolas públicas, indígenas, pardos e pretos. A vestibulanda Ana Luiza Gissoni Diógenis Cunha, de 18 anos, mora em Fortaleza (CE), mas veio para fazer a prova em Campinas [a Fuvest não é aplicada no Ceará]. "Fiz aqui porque minha mãe tem uma amiga que mora na cidade, e preferi vir pra cá que ter que ficar sozinha pra fazer a prova na Capital", justificou.

Ana Luiza volta hoje para Fortaleza, onde espera pelo resultado. A primeira chamada sairá em 19 de março, e a aluna está confiante. "Gostei muito da prova. Acho que vai dar certo". A única dificuldade que ela sentiu foi quanto à disciplina de física, obrigatória para quem prestou, como ela, odontologia.

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