BAURU

Homem que dava golpes em empresas é preso

Estelionatário comprava materiais de construção de grandes lojas, mas não pagava

Carolina Bataier
26/08/2013 às 20:48.
Atualizado em 25/04/2022 às 04:11
Contas em aberto encontradas na loja do golpista foram apreendidas (Carolina Bataier)

Contas em aberto encontradas na loja do golpista foram apreendidas (Carolina Bataier)

A Polícia Civil de Bauru localizou, nesta segunda-feira (26), um homem acusado de aplicar um golpe de cerca de R$ 500 mil. Usando documentos falsos, João Lima Filho, 55 anos, abriu uma empresa de materiais de construção em Bauru e organizou um esquema fraudulento que funcionava por meio de compra e venda de materiais. João fazia grande compras em lojas do ramo na região e mandava entregar os materiais em Bauru, em um terreno alugado no Distrito Industrial. De lá, o golpista levava os produtos para um galpão no bairro Bela Vista, onde ficavam estocados. Na loja "João da Construção", na rua Tamandaré, na região da vila Nipônica, João revendia os materiais. As lojas em que os produtos foram adquiridos nunca receberam o pagamento. As buscas pelo acusado começaram em Cordeirópolis (a 198 km de Bauru), onde uma empresa foi alvo do golpe. A Polícia Civil daquela cidade entrou em contato com os policiais de Bauru, que passaram a fazer buscas por aqui. “O motorista de Cordeirópolis que fez o frete pra cá se lembrava do lugar onde descarregou”, conta o delegado Clédson Nascimento. À partir desta informação, os policiais conseguiram chegar até João, que se apresentou à polícia acompanhado de um advogado e confessou os delitos. No galpão de armazenamento dos materiais, os policiais encontraram pisos num valor total de R$ 95 mil. Já na loja, foram encontradas contas bancárias em nome falso, indicando altos gastos em cartão de crédito que nunca seriam pagos. Até a tarde desta segunda-feira (26), os policiais haviam contabilizado um golpe no valor de pelo menos R$ 300 mil, mas suspeitam que o valor possa chegar a R$ 500 mil ou mais. À respeito das lojas lesadas, João diz terem sido todas na região. "Ele falou: 'Doutor, aqui em Bauru não comprei nada. Comprei fora'", conta o delegado. O caso segue sob investigação.

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