crise no planalto

Bolsonaro atribui acusações de Moro a "ambições pessoais"

O presidente Jair Bolsonaro negou nesta sexta-feira (24) que tenha tentado interferir em assuntos da Justiça

Da AFP
24/04/2020 às 21:08.
Atualizado em 29/03/2022 às 12:45

O presidente Jair Bolsonaro negou nesta sexta-feira (24) que tenha tentado interferir em assuntos da Justiça, e respondeu às acusações do agora ex-ministro Sérgio Moro, que mais cedo renunciou ao cargo, alegando que ele estaria sendo movido pelo "ego" e a ambição em ser nomeado ao Supremo Tribunal Federal. Em pronunciamento em rede nacional, Bolsonaro disse que se empenhou para manter boas relações com o ministro da Justiça, símbolo da luta contra a corrupção, que anunciou a renúncia depois que Bolsonaro exonerou o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo.  "Infelizmente, ou felizmente, no dia de hoje (Moro) resolveu marcar uma coletiva e fazer acusações infundadas", disse o presidente. Bolsonaro acrescentou que antes de Moro se pronunciar pela manhã, tinha comentado com vários deputados: "Hoje vocês conhecerão aquela pessoa que tem compromisso consigo próprio, com seu ego e não com o Brasil".  "Não tenho como persistir com o compromisso sem condições de trabalho, de preservar a autonomia da Polícia Federal" ou de estar "sendo forçado a assinar concordância com interferência política (na PF)", explicou. Valeixo era um dos principais colaboradores de Moro desde a época em que ele estava à frente da operação 'Lava Jato'. Mas segundo Bolsonaro, Moro teria dito que aceitaria a saída de Valeixo em novembro, quando abrisse uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), com a aposentadoria do ministro Celso de Mello, um dos seus onze magistrados.  Moro, segundo o presidente, lhe disse: "Pode trocar o Varleixo sim, mas em novembro, depois que o senhor me nomear para o STF".  Moro nega Pelo Twitter, Moro negou a acusação de Bolsonaro de que a permanência de Maurício Valeixo como diretor-geral da Polícia Federal deveria durar até que Bolsonaro indicasse Moro a uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Segundo Moro, a permanência de Valeixo no comendo da PF "nunca foi utilizada como moeda de troca". "A permanência do Diretor Geral da PF, Maurício Valeixo, nunca foi utilizada como moeda de troca para minha nomeação para o STF Aliás, se fosse esse o meu objetivo, teria concordado ontem com a substituição do Diretor Geral da PF", tuitou Moro.

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