ORIENTE MÉDIO

Israel ataca Faixa de Gaza e rompe trégua de novembro

Os ataques, que aparentemente visaram campo aberto, não deixaram feridos

France Press
02/04/2013 às 20:21.
Atualizado em 25/04/2022 às 22:04

A aviação israelense realizou na noite desta terça-feira (2) três ataques contra o norte da Faixa de Gaza, os primeiros desde a trégua acertada em novembro passado entre Israel e o Hamas, no poder em Gaza, segundo uma fonte da segurança palestina.

Os ataques, que aparentemente visaram campo aberto, não deixaram feridos, e ocorreram após o disparo de foguetes contra o sul de Israel.

O Exército hebreu se negou a comentar a informação dos ataques aéreos, que atingiram dois locais próximos à cidade de Gaza e um terceiro ponto mais ao norte no território palestino, próximo à fronteira com Israel.

Segundo a polícia israelense, um foguete palestino atingiu uma zona desabitada na região de Eshkol, no sul de Israel, sem deixar vítimas ou danos materiais.

Em comunicado enviado à AFP, uma coalizão de grupos salafistas de Gaza, o Majlis Choura al-Moujahidine, reivindicou o disparo de dois foguetes contra Israel, em represália à morte do preso palestino Maisara Abou Hamdiyeh.

Condenado à prisão perpétua, Hamdiyeh faleceu nesta terça-feira, aos 64 anos, vítima de câncer no hospital Soroka de Beersheva (sul de Israel), uma morte que os palestinos atribuem ao governo israelense.

A morte de Maisara Abu Hamdiye desencadeou imediatamente protestos em pelo menos quatro estabelecimentos penitenciários, onde estão detidos presos políticos palestinos e para onde foram enviados reforços.

Também foram registrados confrontos em Hebron (sul da Cisjordânia), de onde Abu Hamdiye era originário.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, acusou o governo israelense de ser "arrogante e intransigente" e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de ser responsável pela morte do detento, que estava internado no Hospital Soroka desde o fim de de semana.

O diretor da associação de prisioneiros palestinos, Qadura Fares, também acusou Israel de ser responsável pela morte, provocada segundo ele por negligência médica e pela recusa das autoridades penitenciárias de liberá-lo para receber atendimento.

O prisioneiro se queixara de dor garganta há nove meses e depois teve um câncer detectado.

Abu Hamdiye, ex-general das forças de segurança da Autoridade Palestina, foi detido em 2002 e condenado à prisão perpétua em 2007 por tentativa de assassinato.

Ele era acusado de ter participado no recrutamento de militantes que pretendiam cometer um atentado em um café de Jerusalén em 2002.

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