Em 12 de agosto de 1944, os soldados nazistas massacraram quase todos os habitantes e refugiados em povoado italiano
A justiça alemã renunciou nesta quinta-feira a processar um ex-oficial nazista pela morte de 560 civis na Itália em 1944, devido ao seu estado de saúde, apesar da alta probabilidade de seu envolvimento.Gerhard Sommer, que completará 94 anos em junho, era o último homem suscetível de ser julgado na Alemanha pelo massacre cometido no povoado toscano de Sant'Anna di Stazzema (norte)."A análise do volumoso caso levou à conclusão de que o suspeito seria muito provavelmente acusado" de 342 assassinatos "se estivesse em estado de ser julgado", afirma o comunicado da promotoria de Hamburgo, no norte da Alemanha.Os exames médicos revelaram, no entanto, que o ex-subtenente, um dos três oficiais que lideravam a 16ª divisão de infantaria "Reichsführer-SS" em Sant'Anna di Stazzema, sofre uma "demência tão profunda" que jamais poderá comparecer a um tribunal, afirma a promotoria.Em 12 de agosto de 1944, os soldados nazistas massacraram quase todos os habitantes e refugiados presentes no povoado italiano, ou seja, 560 civis, incluindo 107 crianças de menos de 14 anos.Após décadas de inércia judicial tanto na Alemanha quanto na Itália, o caso ressurgiu nos anos 1990 com as investigações de vários historiadores que tentavam restabelecer com precisão os crimes das Waffen SS durante a Segunda Guerra Mundial.