REESTRUTURA

Plano de Temer inclui recriar GSI e melhorar Abin

A intenção de Temer, depois de inúmeras consultas nas áreas civil e militar, é reestruturar o setor de inteligência sob a coordenação da nova GSI

Estadão Conteúdo
04/05/2016 às 07:46.
Atualizado em 23/04/2022 às 00:47
A intenção de Temer, depois de inúmeras consultas nas áreas civil e militar, é reestruturar o setor de inteligência sob a coordenação da nova GSI (AFP)

A intenção de Temer, depois de inúmeras consultas nas áreas civil e militar, é reestruturar o setor de inteligência sob a coordenação da nova GSI (AFP)

O vice-presidente Michel Temer decidiu reestruturar todo o setor de inteligência e vai recriar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), extinto pela presidente Dilma Rousseff. O futuro titular da pasta será o general-de-Exército Sérgio Etchegoyen, atual chefe do Estado Maior do Exército, a quem ficará vinculada a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Assim como o virtual futuro ministro da Defesa, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), Etchegoyen foi indicado pelo ex-ministro Nelson Jobim e pelo comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, que vem mantendo contato sistemático com os comandantes da Aeronáutica e da Marinha e se tornou o principal interlocutor das Forças Armadas com Temer e sua equipe. Jobim e Jungmann têm boas e antigas relações tanto com Villas Boas quanto com Etchegoyen, que trabalhou no gabinete da Defesa na gestão de Jobim, no governo Lula, como assessor especial do ministro e chefe do Núcleo de Implantação da Estratégia Nacional de Defesa. Além disso, Villas Boas e Etchegoyen são amigos de infância. Ambos são filhos de militares e gaúchos de Cruz Alta. A intenção de Temer, depois de inúmeras consultas nas áreas civil e militar, é reestruturar o setor de inteligência sob a coordenação da nova GSI, que poderá mudar de nome ao ser recriada. A primeira providência será incluir a Abin no organograma do gabinete, para uma reformulação de tarefas e de práticas. A GSI, então chefiada pelo general José Elito, foi extinta por Dilma em outubro, no contexto de enxugamento da máquina. Com sua extinção, a Abin, braço operacional da inteligência do governo, ficou vinculada à Secretaria de Governo da Presidência, cujo ministro é o petista e ex-sindicalista Ricardo Berzoini. Uma das queixas das Forças Armadas é com uma atuação política da Abin no atual governo e a desestruturação do sistema. Além disso, há uma preocupação tanto de civis quanto de militares: a de deixar claro que o novo sistema de inteligência não servirá para bisbilhotar a vida das pessoas nem perseguir ou constranger adversários políticos do futuro e dos próximos governos. Como função de Estado, estará focado na segurança nacional, como ocorre em todos os países democráticos do mundo. Leia Também https://correio.rac.com.br/2016/05/nacional_mundo/426510-estudantes-ocupam-alesp-para-pedir-investigacao.html https://correio.rac.com.br/2016/05/nacional_mundo/426509-tre-sp-mantem-multa-de-r-80-mil-a-temer.html https://correio.rac.com.br/2016/05/nacional_mundo/426499-janot-atribui-a-lula-articulacoes-espurias.html https://correio.rac.com.br/2016/05/nacional_mundo/426497-conselho-de-tica-aprova-cassacao-de-delcidio.html https://correio.rac.com.br/2016/05/nacional_mundo/426443-presos-da-lava-jato-vao-para-presidio-estadual.html https://correio.rac.com.br/2016/05/nacional_mundo/426440-justica-envia-processo-do-caso-triplex-para-moro.html

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