Devido comoção que assassinato de jovem provocou na cidade, há temor que o acusado do crime, José Emerson de Barros Lins, seja linchado
José Emerson de Barros Lins confessou que abusou e matou Paola ( Divulgação)
A Polícia Civil de Araçatuba (SP) ainda analisa a possibilidade de fazer ou não a reconstituição do assassinato de Paola Cristina Bulgarelli, de 20 anos. Devido à comoção social que o crime causou na cidade, as autoridades policiais temem que o suspeito pelo crime, José Emerson de Barros Lins, de 18 anos, seja linchado pela população durante o procedimento, que é comum a esse tipo de delito. Após uma semana desaparecida, o corpo da jovem foi encontrado na última sexta-feira (12), nu e com marcas de violência, boiando no Ribeirão Baguaçu, um dos principais mananciais de Araçatuba. Ele foi localizado por pescadores que estavam no local. Confissão No último domingo (14), a polícia prendeu o suspeito pelo crime. O rapaz estava na casa do pai, na cidade de Castilho (SP), que fica a 100 quilômetros de Araçatuba. Ele confessou que abusou sexualmente da vítima, matou ela a pauladas e depois jogou o corpo no ribeirão. Ele explicou que ele e Paola moravam no mesmo bairro, no Alvorada, Zona Leste de Araçatuba, e se conheciam. No dia do crime, ele teria encontrado com a jovem na ponte Baguaçu e dito a ela que tinha matado uma cobra sucuri, perto do ribeirão. Foi então que a vítima o acompanhou até um matagal onde ocorreu o crime. José Emerson contou à polícia que estava bêbado, só queria ter relações sexuais com a moça e que acabou a matando com medo de ser denunciado. Ele destacou que Paola pediu para não ser morta. Prisão preventiva O jovem teve a prisão preventiva decretada e permanece na cadeia de Penápolis (SP). Ele deve ser transferido de unidade prisional ainda nesta semana. Mas, por motivos de segurança, o local não será divulgado. Se condenado, poderá responder por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, estupro e furto. A polícia chegou ao suspeito por meio de uma denúncia anônima em que foi indicado o local onde estaria o celular de Paola. Os policiais chegaram até a casa de um servente de pedreiro, de 25, que também mora no bairro Alvorada, e que teria comprado o aparelho. Ele foi preso por receptação e confessou que comprou o celular de José Emerson, que é seu amigo, pelo valor de R$ 30. Segundo o servente, o acusado teria dito que havia matado uma pessoa. O servente então enterrou o celular às margens do ribeirão onde o corpo foi descartado e ainda deu abrigo ao amigo antes dele fugir para Castilho. O servente também está na cadeia de Penápolis. Entenda o caso Paola Cristina Bulgarelli desapareceu no último dia 5. Segundo familiares, ela saiu de casa, no bairro Alvorada, por volta das 14h, e não retornou mais. A jovem também não chegou à lanchonete onde trabalhava como supervisora.A irmã gêmea de Paola, Mariah Carolina Bulgarelli, contou à polícia que a jovem saiu de casa levando uma sacola com o uniforme do trabalho e alguns pacotes de macarrão instantâneo. No dia do desaparecimento, ela usava calça jeans, uma camiseta rosa e sapatilhas pretas. Segundo ela, Paola era uma moça tranquila e não faria isso por vontade própria. Durante o desaparecimento, a família acreditava que a jovem havia sido sequestrada.