(Divulgação Policia Militar)
A Polícia Militar acredita que descobriu em Campinas uma nova estratégia do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios, para manter uma "casa bomba", como são chamados os locais usados por traficantes para armazenar drogas. Uma residência de alto padrão no bairro Chácara da Barra, era utilizada como "armazém", segundo a PM.
Na casa de dois andares os policiais acharam dez quilos de crack , dois quilos de cocaína , sacos com sementes de maconha, uma submetralhadora calibre 9 milímetros, além de dois carregadores e 72 munições.
O novo método da facção, segundo interpretação da polícia, consiste na locação de um imóvel por um laranja (pessoa sem antecedentes criminais que é usada pelo crime organizado). A residência passa a ser usada para guardar o entorpecente que vai abastecer os pontos de venda de drogas. A casa não serve como moradia e é somente freqüentada para a chegada e retirada das drogas.
Foi o que aconteceu na casa da rua Nova Granada. Policiais do 8º Batalhão foram chamados pelo proprietário, que ao recuperar o imóvel por meio de uma ação judicial encontrou as drogas. Assustado, ele avisou a polícia. As drogas, a arma e as munições estavam em armários e no guarda-roupas embutidos..
Segundo foi apurado pela Polícia, a residência foi alugada em 2022. Depois de alguns meses, o locatário não mais pagou o aluguel. O proprietário entrou com processo na Justiça e foi decretada a reintegração de posse. A pessoa que alugou a casa não foi mais localizada.
Os policiais descobriram que a submetralhadora guardada na casa tinha sido roubada há dois anos em Hortolândia. Segundo a PM, a arma pertence a um homem que possui registro de CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador).
A Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes) e o 4º DP (Distrito Policial) irão tentar localizar o responsável por alugar a residência. Ele passa a ser investigado pelo crime de tráfico de drogas.
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